"Na véspera de não partir nunca Ao menos não há que arrumar malas Nem que fazer planos em papel... Todos os dias é véspera de não partir nunca" Álvaro de Campos
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
The Annunciation
The painting "Annunciation" or "The Annunciation" by Leonardo da Vinci was painted, with Andrea del Verrocchio, circa 1472–1475.[1] The wings were later extended by another artist.[citation needed]
The angel holds a Madonna lily, a symbol of Mary's virginity and of the city of Florence. It is supposed that Leonardo originally copied the wings from those of a bird in flight, but they have since been lengthened by a later artist
When Annunciation came to the Uffizi in 1867, from the monastery of San Bartolomeo of Monteoliveto, near Florence, it was ascribed to Domenico Ghirlandaio, who was, like Leonardo, an apprentice in the workshop of Andrea del Verrocchio. In 1869, some critics recognized it as a youthful work by Leonardo di ser Piero da Vinci.
Verrocchio used lead-based paint and heavy brush strokes. He left a note for Leonardo to finish the background and the angel. Leonardo used light brush strokes and no lead. When the Annunciation was x-rayed, Verrocchio's work was evident while Leonardo's angel was invisible.
The marble table, in front of the Virgin, probably quotes the tomb of Piero and Giovanni de' Medici in the Basilica of San Lorenzo, Florence, which Verrocchio had sculpted during this same period.
via
http://en.wikipedia.org/wiki/Annunciation_(Leonardo)
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Feliz Natal
° 。 ° ˚* _Π_____*。*˚★ 。* 。*。 • ˚ ˚ •。★
˚ ˛ •˛•*/______/~\。˚ ˚ ˛★ 。* 。*★ 。* 。*
˚ ˛ •˛•| 田田|門| ˚And a Happy New Year!
http://photography.nationalgeographic.com/photography/photo-of-the-day/
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
crónicas - MEC
O socorro do chá
"Estamos pobres mas, se já não podemos almoçar ou jantar fora, há luxos que saem barato. O maior e o mais barato de todos é o chá.
Em Novembro tomámos o afternoon tea no mais bonito e inglês lugar do mundo onde se pode lanchar cá fora: o terraço do Reid's no Funchal. Foi mais do que perfeito, como o pretérito. Os empregados, sobretudo, são os mais escorreitos cúmplices que se pode desejar, para cometer o delicioso crime, durante uma hora ou duas, de viver bem.
Esta semana instituímos aqui em casa, dada a nossa fraqueza financeira, o hábito do chá da tarde. É às quatro horas e não às cinco, como pensam os ignorantes. O chá do Reid's, aliás, começa, correctamente, às três e meiada tarde e acaba, com ainda maior correcção, às cinco.
fomos comprar chás de de folha solta. Os ingleses serão os maiores bárbaros do chá: bebem com leite e usam água a ferver. Mas, sendo filho de mãe inglesa e pai português, não posso senão achar que a técnica e cerimónia inglesa, quando é bem feita, tem uma graça europeia que deixa intactas as tradições chinesas e japonesas.
Cem gramas de bom chá Twining's - o suficiente para vinte bules - custam três euros. Um bule dá para dez chávenas. Cada chávena de bom chá sai a 1,5 cêntimos, mais o preço do leite, que é para aí 0,5 cêntimos, dando dois cêntimos por chávena.
Comprámos três pacotes de cem gramas, pesando 300 gramas. Vão dar 600 chávenas de chá. Haverá coisa mais leve, barata e gratificante? Não, não há."
Miguel Esteves Cardoso
«Ainda ontem»
via jornal PÚBLICO de 16 Dezembro 2010
O Chá
Rabanadas
Adoro Rabanadas. Além de saborosas, são muito fáceis preparar. Esse doce é óptimo para se consumir no inverno, porém por se tratar de uma tradição, as pessoas comem muito mais no Natal.
A história das Rabanadas é encantadora: De origem portuguesa, conta a lenda, que uma mulher pobre, que não tinha quase nada para comer, precisava de alimentar o seu filho recém nascido. Seus únicos alimentos eram restos de pães amolecidos molhados com leite adocicado. Só comendo essa mistura, a mulher teve tanto leite, que amamentou seu filho e ainda sobrou para amamentar outras crianças também. Por isso, dizem que mulheres grávidas devem comer muitas rabanadas (não esquecer que se trata de uma lenda).
Desta forma, o doce se tranformou num símbolo de prosperidade e de fartura, sendo servido nas festas de fim de ano.
Uma versão com leite condensado e a versão light, minha preferida.
Tradição de Natal
Rabanada
Ingredientes
- 3 pães franceses de véspera
- 2 xícaras de chá de leite
- 1/2 xícara de chá de açúcar
- 1/2 lata de leite condensado
- Óleo ( quanto necessário para fritar)
- 2 colheres de sopa de canela em pó
- 3 ovos
Modo de Preparação
Corte os pães em fatias e reserve. Coloque o leite e o leite condensado numa tigela e mexa com uma colher. Coloque os ovos numa outra tigela e bata com um garfo até ficar homogêneo. Coloque o óleo numa panela média leve ao fogo alto para esquentar. Coloque algumas fatias de pão dentro da tigela com leite e leite condensado, deixe encharcar por 1 minuto de cada lado.
Retire os pães dos leites e coloque sobre uma peneira para pingar o excesso de líquido.
Retire as fatias da peneira, passe pelo ovo batido e frite imediatamente.
Frite as fatias por 2 minutos de cada lado, ou até que comecem a dourar.
Repita a operação com cada fatia.
Retire os pães com uma escumadeira e coloque sobre papel absorvente. Reserve. Se o óleo começar a ficar muito sujo, passe por uma peneira forrada com um pano limpo ou com algodão.
Coloque o açúcar e a canela num prato e misture. Envolva cada fatia pela mistura.
Sirva a seguir.
Rabanada Light
Ingredientes
- 6 pães franceses
- 1 xícara (chá) de leite desnatado
- 1 xícara (chá) de leite condensado light ou leite condensado desnatado (opcional)
- 2 gemas - 1 colher (sobremesa) rasa de margarina light para untar
- 2 colheres (sopa) de canela em pó- 1 colher (chá) de adoçante
Modo de Preparação
Num recipiente corte os pães em fatias e reserve. Noutro recipiente junte as gemas já batidas, o leite condensado e o leite desnatado. Misture bem. Mergulhe as fatias dos pães no creme, encharcando-as com cuidado para não quebrarem. Em uma forma untada com margarina light, deposite as fatias uma a uma e leve-as para assar por aproximadamente 20minutos ou até as fatias secarem. Retire as rabanadas do forno e reserve. Num recipiente junte a canela e o adoçante e misture bem. Salpique a mistura sobre as rabanadas ainda quentes.
domingo, 19 de dezembro de 2010
Lenda do Bolo Rei
BOLO REI
Nesta época cintilante não há casa portuguesa que não se preze do seu Bolo Rei pelo que não é possível falar de Natal sem falar de bolo rei, sendo quase presença obrigatória em todas as mesas da época natalícia. Este bolo está repleto de simbologia. Não é por acaso que tem forma de coroa e brilho nas suas frutas cristalizadas....
Reza a lenda que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus aquando do seu nascimento. A côdea simbolizava o ouro, as frutas secas e cristalizadas representavam a mirra, e o aroma do bolo assinalava o incenso.
Ainda na base do imaginário, a existência duma fava também tem a sua explicação: Quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a entregar ao menino os presentes que levavam.
Como não conseguiram chegar a um acordo e com vista a acabar com a discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no interior da massa uma fava.
De seguida cada um dos três Magos do Oriente pegaria numa fatia. O Rei Mago que tivesse a sorte de retirar a fatia contendo a fava seria o que ganharia o direito de entregar em primeiro lugar os presentes a Jesus. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi, Gaspar, Baltazar, ou Belchior o feliz contemplado.
É claro que isto é só uma lenda, históricamente falando, a versão é bem diferente.
Aproveitando um inocente jogo de crianças, os Romanos inseriram a sua prática nos banquetes durantes os quais se procedia à eleição do rei da festa, que consistia em escolher entre si um rei tirando-o à sorte com favas, por isso designado por vezes também rei da fava.
A Igreja Católica aproveitou o facto de aquele jogo ser característica do mês de Dezembro e decidiu relacioná-lo com a Natividade e com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro. A influência da Igreja na Idade Média determinou que esta última data fosse designada por Dia de Reis e simbolizada por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece.
Havia ainda a tradição de que os cristãos deveriam comer 12 Bolos Reis, entre o Natal e o Dia de Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na côrte dos reis de França. O Bolo Rei terá, aliás, surgido neste país no tempo de Luis XIV para as festas do Ano Novo e Dia de Reis.
Vários escritores da época escreveram sobre esta iguaria, até mesmo Greuze celebrou-o num famoso quadro, com o nome de Gâteau dês Róis.
Com a Revolução Francesa em 1789 este bolo foi proibido, “como mais tarde iria acontecer em Portugal”, só que os pasteleiros que tinham um excelente negócio em mãos em vez de o eliminarem decidiram continuar a confeccioná-lo chamando-lhe Gâteau dês Sans-cullotes.
Com isto parece não haver dúvidas que o Bolo Rei tem verdadeiras origens francesas, apesar do Bolo Rei popularizado em Portugal no século passado não ter a ver com o bolo simbólico da festa dos reis existente na maior parte das províncias francesas a norte do rio Loire, na região de Paris, onde o bolo é uma rodela de massa folhada recheada de creme.
O nosso Bolo Rei segue a receita a sul de Loire, um bolo em forma de côroa feito de massa leveda. Acrescenta-se que ambos os bolos continham uma fava simbólica, podendo ser um objecto de porcelana.
Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu Bolo Rei em Portugal foi em Lisboa na Confeitaria Nacional, por volta do ano de 1870, bolo esse feito pelo afamado confeiteiro Gregório através duma receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxera de Paris.
Durante a Quadra Natalícia a Confeitaria Nacional oferecia aos lisboetas uma exposição de tudo quanto de mais delicado e original a arte dos doces podia então produzir. A pouco e pouco, outras confeitarias também passaram a fabricá-lo o que deu origem a várias versões.
No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais feito segundo receita que o proprietário Francisco Júlio Cascais trouxera de Paris. Assim o Bolo Rei atravessou com êxito os reinados da rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luis, D. Carlos e D. Manuel II. Vieram depois o Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano e a Revolução de 25 de Abril de 1974.
Mas foi com a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 que vieram os piores tempos para o Bolo Rei ficando em risco a sua existência, tudo por causa da palavra “rei”, símbolo do poder supremo que numa lógica de hoje nos faz rir. Ora morto este símbolo, o bolo tinha que desaparecer ou mascarar-se para evitar a guerra que lhe podia ser feita.
Os confeiteiros partiram do principio de que negócio é negócio e política é política e continuaram a fabricar o bolo sob outra designação. Os menos imaginativos deram-lhe o nome de ‘ex-bolo rei’, mas a maioria chamou-lhe bolo de Natal ou bolo de Ano Novo.
A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário. Não contentes com nenhuma destas idéias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem he chamasse bolo Arriaga. Não se sabe como reagiu o Presidente da República, mas convenhamos que a homenagem não tivesse sido a melhor. Passado esse período negro, a história deste bolo tem sido um sucesso.
A receita do Bolo Rei correu mundo, muito contribui para isso a fama que o bolo ganhou por proporcionar expectativa a quem comesse a fatia que continha a fava ou o brinde. A fava amaldiçoada pelos sacerdotes Egípcios que a viam como alojamento para os espíritos é considerado o elemento negativo, representando uma espécie de azar, tendo quem a encontra duas opções:
Assumir o pagamento do próximo bolo ou correr perigo de engoli-la.
Por sua vez o brinde era colocado no bolo com o objectivo de presentear os convidados com quem se partilhava o bolo. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas complicadas por sinal, mas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Porem outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa, por uma forma requintada de agradecimento, como se o próprio bolo não chegasse. Infelizmente com o passar do tempo o brinde passou a ser um pequeno objecto metálico sem outro valor que não o do símbolo e pouco evidente para a maioria das pessoas.
Como não bastasse, as leis comunitárias ditaram o fim da tradição, proibindo que no interior do bolo se encontre uma fava ou um brinde.
Mesmo assim o Bolo Rei continua a ser um símbolo da época Natalícia, e hoje os confeiteiros e pasteleiros não se poupam a esforços na sua promoção, por isso se enchem de clientes para adquirir o rei das iguarias nesta quadra festiva,
O Bolo Rei não se limita a ser um bolo com gosto agradável, ele é na verdade um verdadeiro símbolo desta época!
sábado, 18 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Dieta causa de doença mental?
O investigador, Joseph Garner, trabalha com ratinhos com alterações genéticas que os torna propensos a arrancar o pêlo. Estes ratinhos têm níveis de serotonina baixos e, como tal, foi-lhes administrado triptofano (precursor da serotonina) juntamente com uma dieta rica em carboidratos (as dietas ricas em carboidratos facilitam a assimilação do triptofano a nível central). No entanto, apesar dos níveis de serotonina terem normalizado a nível cerebral, ao contrário do esperado, houve um agravamento da sintomatologia nos ratinhos doentes e os ratinhos saudáveis iniciaram os comportamentos de arrancar pêlo.
Segundo o autor, este estudo vem levantar algumas questões relativamente à possibilidade da forma como a dieta pode afectar outras doenças comportamentais ou mentais, como autismo, Síndrome de Tourette, tricotilomania, etc. Assim Garner questiona: “E se o aumento do consumo de açúcares simples na dieta Americana estiver a contribuir para aumentar estas doenças? "
Nós sabemos a resposta… E o pior é que não são só estas doenças. Cada vez temos mais confirmações de que “somos o que comemos”.
via
http://www.cristinasales.pt/Diagnostico-Funcional/Blog/Blog.aspx?BID=1&MVID=1000173
outras leituras
http://come-se.blogspot.com/
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Uma Casa de Verão
A SUMMER HOME from Justin Kane on Vimeo.
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Melancolia
Melancolia
Os papéis falam uns com os outros
Sobre esta mesa onde a sombra cai
A lâmpada esquecida tem remorsos
Da luz que antes lhe deu que se esvai.
Nas paredes que antes quadros coloriram
Sobre papel sedoso de ramagens
Ecoam dias em que vozes riram
Jarras de cristal com flores selvagens.
Já partidos os vidros nas janelas
A glicínia sobre os muros sinuosa
Conforme o sol ondula se reclina
Ervas crescem no jardim por elas
Pois já nenhuma mão colhe sua rosa.
Tudo se abandona a ser em ruína.
Bernardo Pinto de Almeida
Hotel Spleen
Lisboa, Quetzal, 2003
A propósito de Hotel Spleen, disse Eduardo Prado Coelho:
«Bernardo Pinto de Almeida é um corredor de fundo, e algumas das melhores páginas deste livro resultam de poemas de grande extensão que se vão estruturando numa cadência de palavras e de obsessões que acabam por envolver o leitor de um modo irrecusável.»
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Twin Peaks Intro
Music by Angelo Badalamenti, directed by David Lynch.
http://www.youtube.com/watch?v=7oDuGN6K3VQ&feature=player_embedded#!
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Viagem
Viagem na Família por Carlos Drummond de Andrade
Viagem
É o vento que me leva.
O vento lusitano.
É este sopro humano
Universal
Que enfuna a inquietação de Portugal.
É esta fúria de loucura mansa
Que tudo alcança
Sem alcançar.
Que vai de céu em céu,
De mar em mar,
Até nunca chegar.
E esta tentação de me encontrar
Mais rico de amargura
Nas pausas da ventura
De me procurar...
Miguel Torga, in 'Diário XII'
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Acerca do Desconcerto do Mundo
Quem pode ser no mundo tão quieto,
Ou quem terá tão livre o pensamento,
Quem tão experimentado e tão discreto,
Tão fora, enfim, de humano entendimento
Que, ou com público efeito, ou com secreto,
Lhe não revolva e espante o sentimento,
Deixando-lhe o juízo quase incerto,
Ver e notar do mundo o desconcerto?
Quem há que veja aquele que vivia,
de latrocínios, mortes e adultérios,
Que aos juízos das gentes merecia
Perpétua pena, imensos vitupérios,
Se a Fortuna em contrário o leva e guia,
Mostrando, enfim, que tudo são mistérios,
Em alteza de estados triunfante,
Que, por livre que seja, não se espante?
LUÍS DE CAMÕES, Lírica
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Livros para crianças
http://www.youtube.com/watch?v=f4z0ywMIY4I&feature=player_embedded#!
Massimo Furlan - 1973
http://www.dougchayka.com/editorial/
http://www.fortyninespecial.com/videos.asp
http://www.jimchayka.com/
http://dougchayka.blogspot.com/2010_08_01_archive.html
http://www.fahrradbaustolz.ch/fahrrad/main-fahrrad.htm
http://fahrradbaustolz.veloblog.ch/
http://www.gessnerallee.ch/programm/aktuell/vorstellung/auffuehrung/427/index.html
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Onde se prova que as pessoas podem ser felizes para sempre
Pilar, José e o amor
Onde se prova que as pessoas podem ser felizes para sempre.
O estereótipo de há cinquenta anos rezava: «casaram e foram felizes para sempre». O estereótipo contemporâneo preconiza: «casamento, pantufas, aborrecimento». Um estereótipo não é melhor, nem mais inteligente, do que o outro – a ideia de que os casamentos estão condenados ao tédio só parece mais brilhante do que aquela que toma a felicidade como um dado adquirido porque o pessimismo dá sempre uns fumos de ilustração aos seus praticantes: quem futura em negativo passa facilmente por lustroso cérebro porque há sempre um desastre ao virar da esquina – e muito mais mirones para o desastre do que para a alegria. As relações nascem muitas vezes mortas por falta de fé – falta-nos amor por esse amor que é como uma espécie de terceira entidade gerada pela atracção entre dois seres, e que precisa de ser estimado como milagre concreto.
As pessoas casam-se trocando juras de amor já com os códigos do divórcio e das partilhas debaixo do braço. Ou casam-se ainda no mito da paixão inexpugnável, e depois deixam-se pasmar atarantadas diante dos cacos da paixão misturados com as peúgas de anteontem. Ou casam-se por interesse, isto é: escolhendo, como no supermercado, o pedaço de homem ou mulher que mais garantias dá de criar bem os filhos e de fazer uma boa dupla sócio-económica. Os casamentos «arranjados» desapareceram da civilização ocidental mas são frequentemente substituídos pelos casamentos de conveniência – versão ainda mais triste, porque sonsa, feita de faqueiros e fancaria, dos explícitos arranjos familiares e comerciais de outrora. Ganhámos medo do amor, e o medo amarfanha. A literatura lançou um estereótipo avassalador: o de que o amor só pode ser chamejante em estado de clandestinidade. A experiência das ditaduras, mais ou menos universal, criou um modelo infantil de relação: o do grupo de resistentes bonzinhos que agem pela calada contra a sociedade dos maus. É dessa matéria que são feitos os livros da Enid Blyton e os sonhos da adolescência. A associação absoluta entre o prazer e a clandestinidade mata as alegrias da vida adulta.
O belíssimo filme de Miguel Gonçalves Mendes, «José e Pilar», demonstra que as coisas não têm de ser assim: o amor pode ser público e oficial ( é difícil imaginar uma relação mais pública e oficial do que esta, assumida em duas cerimónias de casamento) e permanecer íntimo, faiscante, vivo. A história do início da relação entre Pilar e José é apenas aflorada por José, para esclarecer que Pilar nunca, ao contrário do que se disse, o entrevistou: telefonou-lhe dizendo que era jornalista, leitora e admiradora sua, e que queria conhecê-lo. José acrescenta que mal a viu chegar percebeu que aquilo era sério. Este abalo imediato e definitivo está descrito de um modo sublime no romance «História do Cerco de Lisboa» – mas isso já não consta do filme. Porque a singularidade deste filme está em começar anos depois do beijo fulgurante que sinaliza a união do par, para nos dar a ver exactamente isso em que nos custa tanto a acreditar: a vida que um amor pode ter, mais de vinte anos depois de ter começado. Pilar e José são duas personalidades fortíssimas, contrastantes, muitas vezes discordantes. A cena em que discutem por causa de Hillary Clinton ( que Pilar defende e José ataca) é exemplar quanto à vivacidade de cada um deles – e desse amor, que não só resiste a todas as discussões como parece alimentar-se delas. A química intensa que se desenha no ar sempre que eles estão juntos – um olhar, uma carícia, um abraço, o corpo de um procurando continuamente o corpo do outro – constitui a pedra de toque deste documentário, de uma imensa delicadeza. «Pilar e José» não é sobre a vida de uma vedeta da literatura ( embora a contenha, inevitavelmente) – é sobre a relação de amor entre duas pessoas particularmente expostas.
José dirá, a dado momento, que se pudesse voltar a viver a sua vida, repeti-la-ia toda, exactamente como foi. Parece estranha, esta afirmação, por parte do mesmo homem que diz: «Se eu tivesse morrido aos 63 anos, antes de conhecer a Pilar, morreria muito mais velho do que aquilo que sou». Na dedicatória das suas memórias de infância ( « As Pequenas Memórias»), José escreveu: «A Pilar, que ainda não havia nascido, e tanto tardou a chegar». Então, porque não diz José que, numa segunda vida, preferiria conhecer Pilar vinte anos mais cedo? Provavelmente, porque vinte anos antes não saberiam fazer durar o amor. Aprende-se a amar
( como a correr ou a desenhar) caindo, falhando, errando muitas e muitas vezes. Até ao momento em que ficamos prontos para ser felizes para sempre. Há é pouca gente para dar por isso.
Falar Global
1. Até onde é que a inovação tecnológica pode levar a humanidade?
2. Que valores devem orientar a inovação?
3. Que aspecto da nossa vida em colectivo mais necessita de inovação e de que forma?
4. Que novas formas de governação podem resultar das novas tecnologias?
5. Quão objectiva pode ser a ciência se considerarmos o conhecimento humano como tendo uma base subjectiva e emocional?
6. Como ocorre o processo criativo?
7. Qual o papel da expressão artística e da cultura na educação e na aprendizagem ao longo da vida?
8. Quais as principais características da escola do futuro?
9. O que fazer para garantir a toda a população formas de subsistência sustentáveis?
10. O que precisa de mudar no trabalho para que gere mais qualidade de vida?
11. Se a base do desenvolvimento no sec. XX foi o crescimento económico e uma parceria entre empresa, estado e sindicatos, quais os novos fundamentos e actores para sec. XXI?
12. Que novas responsabilidades e papéis devem as empresas portuguesas assumir?
13. O que valorizamos quando consumimos?
14. Qual o futuro do capitalismo?
15. Como pode ser construído um modelo económico que não entre em conflito com os valores humanos e o equilíbrio planetário?
16. Que novas formas organizacionais de comunidade e participação social gostaria de ver surgir em Portugal?
17. Qual o papel do amor e da compaixão no desenvolvimento humano?
18. Como podemos maximizar e aproveitar os talentos de uma sociedade?
19. Que transformações na organização social derivam de uma esperança média de vida que, a prazo, pode ir para além dos 100 anos?
20. Por que parece que a vida fica mais stressante com cada coisa que inventamos para poupar tempo?
21. Como pode o ser humano interagir em harmonia com as cada vez mais sofisticadas conquistas científicas e tecnológicas, sem o correspondente aprofundamento espiritual?
22. Qual o papel das religiões?
23. O que precisamos para alcançar a felicidade?
24. O que se coloca em questão com a manipulação genética do ser humano e a criação de vida artificial?
25. O que estamos a ganhar e o que estamos a perder com o volume cada vez maior de partilha de conhecimento, conteúdos e experiências?
26. Como lidar com o medo?
27. E se tivéssemos mais tempo para sermos livres, criativos e autónomos?
28. Como tornar Portugal num pais consciente na forma como produz e gasta Energia?
29. Qual é a principal aprendizagem que recebeu até hoje?
30. Como pretende contribuir pessoalmente para o futuro de Portugal?
http://www.falarglobal.com/final/ffuturo/
Sigo
http://maddrawing.blogspot.com/
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Ciência
Trata-se de uma bactéria que tem arsénio na sua base química em vez de fósforo, o que até aos dias de hoje nunca tinha sido considerado possível.
"O que eu vos estou a mostrar aqui hoje é um micróbio que faz algo diferente daquilo que estamos habituados. Como bioquímica foi-me ensinado que toda a vida da Terra, que toda a vida de que temos conhecimento, vai de encontro à teoria do pálido ponto azul, de Carla Sagan, e se descobrimos um organismo na Terra que se comporta de maneira diferente, estamos a abrir a porta para as possibilidades de vida no resto do universo”, afirmou Felisa Simon, responsável pela investigação, em conferência de imprensa.
“Este micróbio substitui arsénio por fósforo no seu sistema biomolecular e o que mais poderemos encontrar, que mais poderemos procurar?”, sublinha a cientista.
As formas de vida até agora conhecidas são compostas por seis elementos: carbono, hidrogénio, nitrogénio, oxigénio, enxofre e fósforo.
A bactéria GFAJ-1 foi encontrada por especialistas da NASA nas lamas do lago Mono, no norte da Califórnia, nos Estados Unidos. O lago Mono tem uma elevada concentração de arsénio e é um local hostil para a vida.
Os investigadores descobriram nestas águas tóxicas e salubres da Califórnia uma bactéria que pode substituir o fósforo por arsénio, ao ponto de incorporar este elemento no seu ADN.
A NASA considera que esta descoberta abre a possibilidade de existirem formas de vida em planetas que não têm fósforo na sua atmosfera."
http://earthobservatory.nasa.gov/IOTD/view.php?id=8388
http://www.flickr.com/photos/romsrini/174948980/
http://www.monolake.org/
http://www.monolake.org/today/2010/12/02/mono-lake-and-nasa-just-changed-our-understanding-of-life-on-earth/
http://astrobiology.nasa.gov/
como se fosse um quadro
"Este blog, para o perceberes, tens que não perder de vista que isto é só um blog, nada mais que um blog. Depois, tens que o tratar como se fosse um quadro, tens que te afastar para o perceber no seu todo, aproxima-te só para perceber algum pormenor, mas não te esqueças de que é à distância que entenderás o todo, isto se houver algum todo para entender, porque, afinal, isto não passa de um blog."
via
http://pipocomaissalgado.blogspot.com/
outros lugares
http://roupapratica.blogspot.com/
http://deepzinha.blogspot.com/
http://naopercebiapergunta.blogspot.com/
http://www.duvidascorderosa.blogspot.com/
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
DEBATE
http://wineconversation.com/
http://catavino.net/
http://www.1winedude.com/
http://www.adegga.com/
http://europe.wsj.com/home-page
■Boxed Wine At Its Best
http://www.mywinesdirect.com/
■Here’s to Wine in a Cup http://blogs.wsj.com/
■Just One Thing: Green Your Wine – Go Boxed
http://www.abcnews.go.com/
■Adventures in Alternative Packaging
http://www.wine-by-benito.blogspot.com/
http://www.wine-by-benito.blogspot.com/
■Boxed Wine At Its Best
■Here’s to Wine in a Cup
■Just One Thing: Green Your Wine – Go Boxed
■Adventures in Alternative Packaging
http://wine-by-benito.blogspot.com
■Cans, and Tins - what's really in there ? do you know
■Pump Your Own Wine
■The Gloss 10: Our Favorite Wine Products To Help You Through The Holidays www.thegloss.com
■Marks & Spencer Does Wine in a Glass
■Tipsy Wine Testing Glass by Alvaro Uribe
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
sábado, 27 de novembro de 2010
Caminhos
Magos celestiais,
Para onde nos levam
Os vossos caminhos?
Para o Futuro,
Há muito, esperado?
Para o Paraíso,
Outrora, perdido,
E agora desejoso de ser re-encontrado?
Que caminhos teremos
De percorrer, ainda?
Por quantas marés
Teremos de navegar?
Quantas Estrelas
Teremos de contemplar?
Quantos céus
Teremos de percorrer?
Quantos montes
Teremos de mover
Rumo a uma outra era,
Rumo a uma nova idade?
Isabel Rosete
02/01/2009
16 MÁXIMAS SOBRE A FILOSOFIA: PARA UMA VISÃO REDONDA DO MUNDO E DA VIDA, Por Isabel Rosete
1.Se acreditarmos nas palavras de Nietzsche, a primeira proposição filosófica foi enunciada por Tales: a água é o princípio, a origem, de todas as coisas.
2. O pensamento filosófico é, para Nietzsche, uma actividade fisiológica, que requer a expressão da força, como critério do seu exercício autêntico. A metáfora da Natureza é, amiúde, explorada pelo filósofo, com o intuito de manifestar, de forma concreta e objectiva, convicta e veemente, o seu conceito de filosofia como expressão “claramente vista” da dureza do Pensar e do Agir, do Fazer.
Na obra, Assim falava Zaratrusta, podemos ler: “Tem coragem, irmão meu? Tem valentia? Não a coragem diante de testemunhas, mas a valentia de solitário, daquele ao qual nem mesmo um deus faz mais do que ser espectador.
As almas frias, cegas, embriagadas, não são para mim corajosas. Tem coração aquele que conhece o medo e que tem controlo sobre o medo; aquele que olha para o abismo, com orgulho. Aquele que olha para o abismo, com olhos de águia, que com garras de águia prende o abismo: isto constitui a coragem”, a dignidade autêntica do homem que é Homem.
3. Na obra Ecce Homo, Nietzsche apresenta-nos a Filosofia como a expressão da plena libertação dos sentidos e dos instintos, como a manifestação da dureza, da força, do carácter firme e destemido. Assim sendo, a Filosofia é, apenas, para aqueles que possuem a pujança de espírito para suportar a solidão, para enfrentar o medo.
A FILOSOFIA é, tão-só, para aqueles que não se submetem à pseudo segurança dos ideais caquécticos, dogmáticos e irreversíveis.
4. O Pensamento não nos é dado a nós, seres humanos, como uma mera faculdade inata, produzida naturalmente por herança genética e crescimento biológico. Por isso mesmo, precisamos de aprender a pensar, dedicando-nos a esta aprendizagem ao longo de todos os dias das nossas Vidas. Esta aprendizagem depende, apenas, de duas coisas: 1. da convivência com outras pessoas; 2. da reflexão sobre os nossos próprios pensamentos e os pensamentos dos outros.
Um aspecto fundamental da reflexão – quer dizer, do pensamento que se volta sobre e para si mesmo – consiste em questionarmos porque pensamos de uma determinada forma, e não de outra. Há sempre uma causa, mesmo que oculta! Ao assumirmos este procedimento, ao adoptarmos esta postura, com convicção genuína, ao perseguirmos os fundamentos dos nossos pensamentos, que são os fundamentos do mundo conforme nós o conhecemos, estamos a fazer Filosofia.
5. Desde o século XVII, aquando da revolução epistemológica, a FILOSOFIA define-se como:
1. O lugar privilegiado da reflexão sobre as grandes questões a que a ciência não dá resposta;
2. O topos (lugar natural) da mais fecunda organização de sínteses sobre os diferentes saberes particulares;
3. Um meio de questionação e problematização sobre a totalidade do real;
4. O caminho mais viável para a reflexão sobre a linguagem, particularmente sobre a linguagem científica, com o objectivo de anular a irracionalidade, a falta de Ética, o progresso acrítico e irresponsável das ciências, e também da tecnologia desenfreada, que caminham a um ritmo arrebatador.
6. Uma Filosofia definitiva, feita e assente de uma vez para todo o sempre, implicaria a imobilidade do pensamento humano: o Absoluto anestesiá-lo-ia. Essa tal verdade que se procura, consciente ou inconscientemente, aspiração ingénua de espíritos incultos, pode animar os crentes e exaltar os entusiastas: “no domínio do puro pensamento nunca produzirá senão ilusão e vertigem”, afirma Antero de Quental.
7. A palavra FILOSOFIA é composta pelos termos "philos" (amigo, amante) e "sophia" (sabedoria), recorrendo à definição etimológica deste vocábulo, que significam, nesta sua articulação essencial, "amor à sabedoria". Foi Pitágoras, no século VI a.C., que a utilizou pela primeira vez, para designar os homens que procuravam a sabedoria, separando-os assim dos deuses que a possuíam.
8. A Filosofia surgiu, historicamente, nas antigas colónias gregas da Ásia Menor, no século VI a.C.
Os primeiros filósofos substituíram as narrações mítico-religiosas do cosmos, por explicações racionais, partindo de um conjunto de ideias que farão parte da tradição filosófica, partindo da convicção de que:
1. Na Natureza as coisas não acontecem por acaso, mas obedecem a uma necessidade que determina o quando e o como do seu acontecer;
2. O Homem possui uma faculdade, a Razão, que lhe permite aceder à verdade, ultrapassando as aparências dos sentidos e as ideias comuns;
3. Por detrás da multiplicidade e mudança permanente das coisas, como havia dito Heraclito, subjaz algo de oculto e imutável, o Ser, como contrapôs Parménides.
9. Embora o Filósofo seja aquele que procura o saber, a verdade é que, rapidamente, os primeiros filósofos – Tales, Anaximandro, Pitágoras, Demócrito, Heraclito e Parménides, entre outros – se convenceram de que já possuíam esse saber. Entre o século VI a.C. e o século XVII, predominou a concepção da FILOSOFIA como o verdadeiro saber. A Verdade por ela revelada era única, eterna e irrefutável.
10. O FILÓSOFO é aquele que se ergue, de rosto aberto e ousando o Tudo, acima do seu tempo para compreender o Presente e o Futuro, reparando os erros do Passado, para construir um Novo Mundo.
11. O FILÓSOFO É, TAL COMO O POETA, O ÚNICO CAPAZ DE COMTEMPLAR A VERDADE DAS COISAS E DE A REVELAVAR AOS OUTROS HOMENS, DE MENTES ADORMECIDAS.
12. À medida que a Ciência moderna se impõe como a única forma de conhecimento válido, porque baseada em factos supostamente verificáveis universalmente, mais se questiona o lugar da Filosofia. Por todos os lados, deparamo-nos com as seguintes questões: Qual é a importância da Filosofia? Qual sua finalidade? Qual a sua utilidade? Porque somos obrigados a estudar Filosofia no ensino secundário?
A resposta é simples: A Filosofia é um conjunto de ideias, de juízos de valor, sobre o Homem, o Mundo, a Terra, a Natureza, o Universo, o Ser, a Vida, a nossa vida. Mas, note-se: uma resposta concreta e objectiva que visa, directamente, a acção imediata fundada num pensamento devidamente determinado.
13. A Filosofia encontra a sua origem no desassossego, no alvoroço, na agitação, gerada pela curiosidade humana que move a necessidade vital de compreender, problematizando e questionando, os valores, as tradições ou os hábitos instituídos sobre a realidade, nas suas diversas formas, vindos do senso comum, incapaz de ver longe, de atingir as essências escondidas pelos véus opacos das aparências.
14. A Filosofia é:
- Pensamento, Reflexão, Interpretação, Análise, Crítica;
- Investigação, Argumentação, Dúvida, Discussão;
- Espanto, Inquietação, Ousadia, Persistência;
- Acção, Atitude, Coragem e Decisão Convicta e Fundamentada Racionalmente.
15. A Filosofia não é apenas uma disciplina. A Filosofia também não é, somente, uma mera área do Conhecimento, entre muitas outras. A Filosofia é a Sabedoria, por excelência.
16. Acredita em todos aqueles que buscam a Verdade com convicção, porque admitem que a Verdade existe, realmente, para além da odiosa mentira. Assim, também serás filósofo.
Isabel Rosete
18/11/2010
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quinta-feira, 25 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
sábado, 20 de novembro de 2010
London Symphony Orchestra
http://www.youtube.com/watch?v=oGyvl9McMGs&feature=player_embedded#!
Fernando Rodrigues Pereira Consultor de Comunicación Director General de Press-à-Porter Comunicação (Portugal)
"Antes de mais, quando lerem estas linhas saibam que estão a ler um texto de reflexão - que não nasce por iniciativa própria, mas porque me desafiaram a fazê-lo - de um não-especialista em economia e finanças. Sou apenas um português, europeu do sul, céptico mas produto de uma educação católica, da classe média trabalhadora e que paga impostos na esperança de receber algo em troca e talvez, um dia, ter uma reforma que ainda possa gozar.
Ontem, quando questionado pelo Financial Times sobre como Portugal pensava responder à crise em que está mergulhado, o Ministro Português da Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu que “a probabilidade de Portugal pedir ajuda externa é elevada”. Há muito que a sombra do FMI paira sobre nós. A surpresa não foi assim tão grande. Aliás, já ca esteve, nos anos 70 e 80. Não foi um drama. Passados minutos, o mesmo Ministro, disse à Reuters, que a probabilidade existia, mas não era desejável e não existiam ainda contactos para que tal acontecesse. Coisas de políticos! Para já os mercados reagiram bem, mas amanhã, talvez reajam mal. De Bruxelas, ainda ninguém disse nada. Será que vai dizer? As agências de rating essas, na hora certa, dirão.
Esta crónica quando ma pediram serviria para reflectir sobre isto. De imediato, veio-me à cabeça uma viagem que fiz a Praga há uns meses. Aí tive a oportunidade de viver uma experiencia única, na famosa sala de concertos Rudolfinum. Comemoravam-se os 150 anos do nascimento de Gustav Mahler e a Filarmónica da Republica Checa, conduzida por Christoph Eschenbach, interpretou a 2ª Sinfonia de Mahler, a Ressurreição. No final, extasiado, só voltei a mim quando consegui falar, com quem me acompanhava, sobre a forma como me senti esmagado pela contradição de sentimentos que vivi naqueles 90 minutos.
Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: Por que se vive?. Simbolicamente, narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agruras.
A origem de Mahler é importante, porque é diferente da minha. Porém, ao mesmo tempo é irrelevante, porque a origem não deve ser discriminatória. A Europa fez-se e deveria construir-se, dia a dia, com as suas diferenças. A visão judia é em muito semelhante à visão calvinista, protestante dos europeus do centro e norte. Porque não crêem absolutamente na “vida para além de…”, vivem rigidamente a ética do trabalho, que por sua vez legitima transparentemente o lucro. Só assim conseguiram criar a palavra accountability, que não existe na lusofonia, por exemplo.
Se, hoje, aquela experiência avassaladora se repetisse, depois ouvir a Ressurreição segundo Mahler, gostaria de descomprimir, novamente, a conversar sobre os 5 movimentos da sinfonia. Mas, desta vez, não com a minha mulher, mas com a Sr.ª Merkel. Para quê? Para, enquanto Português, me auto justificar e arranjar algumas desculpas e para que a Srª Merkel, no seu altar teutónico, me bombardear com argumentos frios e racionais.
O primeiro movimento é sobre a morte. Aqui falaríamos sobre o nosso nível de endividamento, sobre a nossa incapacidade de nos governarmos e sobre as sanções políticas e económicas que nos querem impor…
No segundo, a vida é relembrada. Eu diria que o directório dos ricos se impõe muitas vezes e que quer fazer uma Europa para servir os seus objectivos, ela diria que já está farta de nos ver desperdiçar fundos e de pagar pela nossa ingovernabilidade.
No terceiro, Mahler apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. Aí eu diria que fomos enganados, que não entramos no euro, que fomos obrigados a aderir ao marco e agora é o que é: ficamos amarrados ou seremos expulsos. A Srª Merkel diria que nos deslumbramos e que não cumprimos. Ambos perguntaríamos se assim se constrói a Europa? Sem ser pretensioso, acho que ambos chegaremos à conclusão que não.
No quarto movimento o herói de Mahler readquire a sua fé e a esperança. O herói de Mahler tem que ser a Europa. A fé e a esperança readquire-se com a capacidade que os PIIGS – empresas, governos, cidadãos - terão em criar para os seus vocabulários e praxis, uma palavra semelhante a accontability, mas com um pouco de emoção lá dentro. Vai doer. Mas, por cá, nas ruas as pessoas sentem que a mais que provável do FMI estará já a ser preparada. A fé e a esperança readquire-se - e a Srª Merkel já percebeu que só existira União Europeia se houver Euro – se a Europa for realmente uma União Europeia. A esperança está numa fórmula, dolorosa, que não faça os cidadãos de Munique ou do Porto desacreditarem da ideia Europa dos cidadãos, em que cada uma tem as suas responsabilidades, deveres e direitos.
No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, sem ninguém temer o Dia do Juizo Final. E aí os PIIGS podem viver a sua Ressurreição e ser a ressurreição da Europa. São povos que sempre souberam resistir nos seus territórios e cresceram para o mar. Levaram a ideia de Europa – democracia, tolerância, diplomacia - pelo mundo fora e deram ao mundo e continuam a dar, novos mundos. Não apenas mercados. Nesta fase, a relevância da Europa, está muito para além da sua força económica.
A forma como todos passarmos por esta crise, vai permitir demonstrar que a Europa pode continuar a ser o Ocidente, a ser um Novo Ocidente que permita uma nova ordem mundial pacífica onde o mundo seja um local menos perigoso e mais próspero para todos."
via
http://www.euractiv.es/analisis/analisis=241
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
Outono/Inverno
A editora de moda do Washington Post notou em tom elogioso que o novo visual de Hillary Clinton "é praticamente uma revolução no meio do conservadorismo das mulheres da política". A escritora e publicista americana Dominique Browning, de 55 anos, defendeu no New York Times que, no seu próprio caso, o cabelo comprido "é sem dúvida uma declaração de independência" - e mais de 1200 comentários apareceram na edição online do jornal. Meia América anda a discutir se as mulheres devem ou não usar o cabelo comprido a partir da meia-idade, quando a regra diz que curto é que é decente. E a responsável pela discussão é nada menos que Hillary Clinton.
A secretária de Estado norte-americana, que hoje se reúne com o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, em Lisboa, onde participará nas cimeiras da NATO e da UE-EUA, tem aparecido em público com o cabelo comprido - em rigor, com o cabelo mais comprido do que era habitual nos últimos anos. E o que à partida seria apenas uma opção estética transformou-se de repente num debate ético.
Se o cabelo é um sinal exterior de erotismo, e quanto mais longo mais simbólico, não será que a norma do cabelo curto para as mulheres de 50 ou 60 anos é uma forma de as obrigar a suprimir a sua sexualidade? Mais prosaico ainda: por que razão haveremos de discutir o cabelo de uma responsável política, se se trata acima de tudo de uma escolha íntima?
Isabel Branco, 58 anos, produtora de moda do Portugal Fashion e responsável pelos desfiles de estilistas como Felipe Oliveira Baptista, Ana Salazar ou Luís Buchinho, entende que a ex-senadora "é uma personalidade suficientemente conhecida para criar tendências, mais nos EUA do que na Europa", pelo que o seu novo estilo pode contagiar muitas mulheres da mesma idade. No entanto, Isabel Branco adianta que, se uma mulher da sua idade lhe pedisse opinião, diria que "deve usar o cabelo sempre curto". Com uma ressalva: "Há factores que implicam outra opinião: a cor dos olhos, a estatura da pessoa, o estilo pessoal... Ocorre-me que a Maria Bethânia, por exemplo, sempre usou o cabelo comprido e fica-lhe bem. Há excepções, portanto. Em abstracto, talvez o médio-curto seja o mais adequado, a "altura chique": toca e não toca nos ombros."
Com humor, remata: "Às vezes não é só uma questão de beleza, muitas mulheres cortam o cabelo quando chegam à meia-idade porque querem mudar de vida ou de marido. O simples facto de alterarem o cabelo faz com que passem a ser olhadas."
O último reduto da beleza?
Paulo Vieira, 53 anos, mais de 30 como cabeleireiro, explica que "um rosto maduro fica mais composto com um cabelo mais curto, enquanto o cabelo comprido, ao alongar a linha do rosto, acentua os traços do envelhecimento". Ainda assim, "a ideia de que cada tipo de cara pede um corte específico não é para seguir cegamente". "Já houve clientes minhas de meia-idade que deixaram crescer muito o cabelo e quando apareceram aqui estavam mais bonitas e só tive de fazer um corte que tirasse partido do comprimento."
Rosalina Machado, 70 anos, empresária lisboeta e cliente de Paulo Vieira, usa o cabelo curto e não receia sentenciar: "Acho impensável uma mulher de 50 ou 60 anos usar o cabelo comprido. Eu não o faria." Porém, também abre excepções: "Uma senhora de meia-idade não deve usar rabo-de-cavalo, tal como não deve usar minissaia. É preciso ter o sentido do ridículo e perceber que já não temos 20 anos. Agora, a Beatriz Costa, que toda a vida usou o mesmo corte, acho que ficava muito bem. Era a imagem de marca dela. Mas de uma maneira geral acho que a idade pede menos exuberância, incluindo no cabelo."
Que dizer, então, de Cristina Kirchner, Presidente da Argentina, que aos 57 anos usa longos cabelos castanhos? Ou da pianista argentina Martha Argerich, que aos 69 assume os longos grisalhos? Ou de Susan Sontag, a influente intelectual norte-americana falecida em 2004 cujo cabelo comprido com uma madeixa branca à frente foi a imagem de marca durante anos? Que dizer do cabelo comprido da vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz, de 50 anos, ou do da socialite Cinha Jardim, de 53?
Rose Weitz, professora de Sociologia e Estudos de Género na Arizona State University, EUA, explica no livro Rapunzel"s Daughters: What Women"s Hair Tells Us About Women"s Lives (2004) que "quando o resto do corpo está macerado pela idade, o cabelo pode muitas vezes ser o último reduto de beleza" das mulheres. Até porque "as cirurgias estéticas são caras e têm efeitos temporários e as roupas mais bonitas nem sempre servem para camuflar o corpo das mulheres velhas, porque são feitas a pensar em corpos sem ventres protuberantes, sem cinturas largas e sem ombros encurvados". O P2 pediu opinião sobre Hillary Clinton a Rose Weitz, mas a socióloga declinou o convite.
É sabido que o cabelo faz parte de um assunto maior chamado sexualidade e envelhecimento. Robin Givhan, editora de moda do Washington Post (vencedora de um Pulitzer em 2006 pelo trabalho como crítica de moda), não tem dúvidas de que "o cabelo comprido significa juventude, feminilidade e sensualidade". "A pressão cultural para submeter as mulheres à tesoura a partir de certa idade diz-nos nas entrelinhas que aquelas características são consideradas uma contradição em mulheres com rugas", continua.
Rose Weitz escreve, por seu lado, que "a perda de massa muscular, a cintura menos estreita, as rugas e os cabelos brancos são bem aceites em sociedades que valorizam o envelhecimento das mulheres", como em certas partes da Índia, Nova Zelândia ou África do Sul. "Nos EUA, pelo contrário, espera-se que as mulheres mais velhas façam de tudo para esconder os sinais da idade." E não se poderá dizer que na Europa seja diferente.
"Por muito que se discuta este assunto, não seremos capazes de encontrar propriamente tendências no corte e estilo de cabelo, e até na roupa, criados para mulheres de meia-idade, porque alguém se esqueceu de que elas existem", ironiza Isabel Branco. "O envelhecimento parece que é proibido e isso preocupa-me, porque é como se estivéssemos a tentar apagar um facto normal da vida", diz Paulo Vieira, que nota que em Portugal as mulheres portuguesas de meia-idade tendem a usar mais o cabelo médio do que propriamente curto. Já "o grisalho é culturalmente considerado feio, daí que muitas mulheres encurtem o cabelo e o pintem. E muitos homens também".
Para consubstanciar a tese de que idade avançada e feminilidade são culturalmente incompatíveis, a socióloga americana cita um estudo publicado de 2000, The Mirror Has Two Faces, de Elizabeth W. Markson e Carol A. Taylor, segundo o qual, entre 1929 e 1995, o número de mulheres com 60 ou mais anos nomeadas para os Óscares foi praticamente metade do número de homens. "Na maior parte das épocas anteriores à segunda metade do século XX as mulheres que envelheciam deveriam conservar uma imagem de maturidade. As que se esforçavam por parecer mais novas passavam por ocas e vaidosas."
A partir da década de 60, por via da publicidade a produtos para pintar o cabelo, criou-se a ideia de que os cabelos brancos, que o comprimento tanto destaca, são um sinal de desmazelo. Um dos anúncios desses produtos, Loving Care, da marca Clairol, estabelecia o padrão da época, por via da censura: "Há quanto tempo é que o seu marido não a leva a jantar? Talvez os cabelos brancos a façam parecer mais velha do que de facto é."
A regra hoje parece ser a inexistência de regras. E a moda é cada pessoa ter o comprimento de cabelo de que mais gosta. "Os especialistas em moda mandam usar roupas adequadas à idade. Mas numa época em que muitas quarentonas têm corpos mais elegantes e tonificados do que muitas adolescentes, o que é que determina se algo é ou não adequado à idade?", pergunta-se Robin Givhan. A jornalista defende que "o cabelo conta a história da pessoa, uma história pessoalíssima, muito mais pessoal do que a que contam as roupas - o cabelo fala de política, cultura, enquadramento social e religião, mas também de raça, etnia e saúde". Por isso não faz sentido arregimentar os cortes e tamanhos consoante a idade das mulheres, mas sim adaptá-los a cada uma.
Há várias perguntas no cabelo de Hillary Clinton
A secretária de Estado norte-americana deixou crescer o cabelo para lá da linha dos ombros. E a América discute agora por que é que as mulheres de meia-idade não podem usar o corte que lhes apetece. Os especialistas dizem que a regra é não haver regras. Por Bruno Horta
Salomé Coelho não discorda, mas prefere analisar o lado menos óbvio do tema. Para esta psicóloga, de 27 anos, vice-presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta - UMAR, "o facto de se dar uma interpretação estética ao cabelo das mulheres resulta do controlo social que se exerce sobre a beleza feminina". Um controlo que também existe para os homens, reconhece, mas ainda assim questiona: "Por que é que a beleza é tão importante quando se fala da mulher? Porque o valor das mulheres ainda é medido pela aparência física. A beleza delas está sob permanente escrutínio público. Faz-me confusão que o cabelo de Hillary Clinton seja mais do que um assunto de café e mereça discussão nos jornais, porque nas entrelinhas está-se a discutir o comportamento privado dela, senão mesmo a sua competência enquanto responsável política. Se amanhã David Beckham fizer uma nova tatuagem fala-se muito disso, mas ninguém parte daí para interrogar as características dele enquanto homem ou futebolista."
via
http://jornal.publico.pt/noticia/19-11-2010/ha-varias-perguntas-no-cabelo-de-hillary-clinton-ha-varias-perguntas-no-cabelo-de-hillary-clinton-20632602.htm
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
Lembrar José Saramago
José Saramago, "Contact" from Fundação Jose Saramago on Vimeo.
via
http://www.josesaramago.org/
CAMÕES ARTE PORTUGAL
CAMÕES ARTE PORTUGAL - É incrível como este soneto se mantém actual.
MUDAM-SE OS TEMPOS - MUDAM-SE AS VONTADES
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.
Luís de Camões