"Na véspera de não partir nunca Ao menos não há que arrumar malas Nem que fazer planos em papel... Todos os dias é véspera de não partir nunca" Álvaro de Campos
sábado, 15 de janeiro de 2011
Porque me olhas assim - Cristina Branco
Diz-me agora o teu nome
Se já dissemos que sim
Pelo olhar que demora
Porque me olhas assim
Porque me rondas assim
...
Toda a luz da avenida
Se desdobra em paixão
Magias de druida
Pelo teu toque de mão
Soam ventos amenos
Pelos mares morenos
Do meu coração
Espelhando as vitrinas
Da cidade sem fim
Tu surgiste divina
Porque me abeiras assim
Porque me tocas assim
E trocámos pendentes
Velhas palavras tontas
Com sotaques diferentes
Nossa prosa está pronta
Dobrando esquinas e gretas
Pelo caminho das letras
Que tudo o resto não conta
E lá fomos audazes
Por passeios tardios
Vadiando o asfalto
Cruzando outras pontes
De mares que são rios
E num bar fora de horas
Se eu chorar perdoa
Ó meu bem é que eu canto
Por dentro sonhando
Que estou em Lisboa
Diz-me então que sou teu
Que tu és tudo p'ra mim
Que me pões no apogeu
Porque me abraças assim
Porque me beijas assim
Por esta noite adiante
Se me pedes enfim
Num céu de anúncios brilhantes
Vamos casar em Berlim
À luz vã dos faróis
São de seda os lençóis
Porque me amas assim
E lá fomos audazes
Por passeios tardios
Vadiando o asfalto
Cruzando outras pontes
De mares que são rios
E num bar fora de horas
Se eu chorar perdoa
Ó meu bem é que eu canto
Por dentro sonhando
Que estou em Lisboa
dizes-me então que sou teu
que tu és toda p’ra mim
que me pões no apogeu
porque me abraças assim
porque me beijas assim
por esta noite adiante
se tu me pedes enfim
num céu de anúncios brilhantes
vamos casar em Berlim
à luz vã dos faróis
são de seda os lençóis
porque me amas assim"
Letra e Música de Fausto
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