Segundo um novo estudo, o exercício físico compensa o declínio de memória que pode ocorrer após uma infecção. A pesquisa é mais uma evidência de que o exercício pode ajudar a preservar a cognição em idosos.
Os pesquisadores fizeram experiências com ratos idosos, alguns dos quais infectados com uma cepa de E. coli. Os animais foram testados para ver quão bem as suas memórias funcionavam.
“Quando um animal de idade fica infectado, um monte de coisas acontece no cérebro que prejudicam os processos de memória”, disse a pesquisadora Ruth Barrientos. “O que descobrimos é que um pouco de exercício basicamente inverte ou impede que um monte dessas mudanças aconteça”.
A cientista também disse que mesmo níveis moderados de exercício (que às vezes são o máximo que os idosos conseguem fazer) podem produzir esses resultados benéficos.
Segundo os autores do estudo, pode ser que o exercício reduza a inflamação no corpo que, de outra forma, contribuiria para o declínio cognitivo. No entanto, a ligação ainda não está clara, e os motivos podem ser outros.
Os pesquisadores colocaram os ratos em caixas com uma série de pistas visuais na parede, e lhes deram um leve choque elétrico. A memória dos animais foi testada colocando-os na mesma caixa vários dias depois, e observando se e quão frequentemente eles “congelaram”, um sinal de que o rato lembrou do choque.
Os ratos que se exercitaram após serem infectados com E. coli congelaram quase tão frequentemente quanto os ratos que não tinham sido infectados. Aqueles que tinham sido infectados, mas não se exercitaram, não congelaram tantas vezes, indicando pior memória.
“Descobrimos que estes animais correm quase 50 vezes menos do que um animal jovem, e ainda foram capazes de se beneficiar do exercício”, afirma Barrientos. “Assim, o idoso que só pode fazer um pouco de exercício regular pode se proteger contra os efeitos da infecção no envelhecimento”.
“Essa última pesquisa pode dar uma indicação adicional de como o exercício e outras estratégias de prevenção para a demência realmente funcionam”, disse o Dr. Gary Small. “Parece haver evidência científica sobre a saúde do cérebro e o envelhecimento, com a saúde do cérebro relacionada à inflamação”, complementa.
Por exemplo, algumas das estratégias recomendadas para as pessoas idosas reduzirem o risco de Alzheimer, tais como comer peixe, são abordagens anti-inflamatórias também.
Os médicos têm investigado anti-inflamatórios – medicamentos como os inibidores COX-2 e drogas sem receita como o ibuprofeno – para ver se eles têm um efeito sobre a memória. No momento, os resultados contraditórios sugerem que eles podem ajudar na prevenção, mas não quando o declínio já começou.
O exercício pode melhorar a circulação ou trazer mais nutrientes para o cérebro. A conexão ainda não explicada com a inflamação apresenta uma outra possibilidade de tratamento com exercício físico, que não envolve medicação.
“É bom recomendar abordagens menos tóxicas”, disse Small. “E o exercício é uma estratégia muito importante para proteger a saúde do cérebro e ajudar as pessoas a viver mais e melhor”.[
via
http://hypescience.com/
http://www.livescience.com/
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