Alguém disse palácio para dizer mulher
ou a delícia de um nome que era desejo e mundo
Um delicado navio rasgava o corpo na ausência
e morria na espuma de uns amorosos pés
da volúvel semelhança de uma estátua de veludo
Era apenas um nome a abolição de um nome
descobrindo a primavera absoluta
com os ramos brancos de uma estrela
perfeita nos músculos de lâmpada
No alto poderio das pernas no sumptuoso espelho
das ancas verdes cintilava o palácio
da adoração primeira com janelas de um navio
de sombra e de silêncio em que o oiro estremecia
Opulenta pálpebra povoada
pelos frutos da água e de um fogo azul
E se o nome morria na respiração do seio
a sua ferida era límpida e puro era o deserto
ou a delícia de um nome que era desejo e mundo
Um delicado navio rasgava o corpo na ausência
e morria na espuma de uns amorosos pés
da volúvel semelhança de uma estátua de veludo
Era apenas um nome a abolição de um nome
descobrindo a primavera absoluta
com os ramos brancos de uma estrela
perfeita nos músculos de lâmpada
No alto poderio das pernas no sumptuoso espelho
das ancas verdes cintilava o palácio
da adoração primeira com janelas de um navio
de sombra e de silêncio em que o oiro estremecia
Opulenta pálpebra povoada
pelos frutos da água e de um fogo azul
E se o nome morria na respiração do seio
a sua ferida era límpida e puro era o deserto
ANTÓNIO RAMOS ROSA, in Os animais do Sol e da Sombra seguido de O Corpo Inicial (Quási, 2003)
http://youtu.be/ml8Am9KIMsQ
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