"Na véspera de não partir nunca
Ao menos não há que arrumar malas
Nem que fazer planos em papel...
Todos os dias é véspera de não partir nunca"
Álvaro de Campos
"Eu amo os homens que sabem viver como que se extinguindo, porque são esses os que atravessam de um para outro lado.”Frederico Nietzsche
Nietzsche
Billy Elliot Soundtrack
We love to boogie, we love to boogie
Jitterbug boogie, Bolan pretty boogie We love to boogie on a Saturday night
Belinda Mae Fender's got a Cadillac Bone Jenny's lost her cherry walking all the way home The passions of the Earth blasted it's mind Now it's neat sweet ready for the moon based grind
We love to boogie We love to boogie on a Saturday night We love to boogie High school boogie, jitterbug boogie We love to boogie on a Saturday night
You rattlesnake out with your tailfeathers high Jitterbug left and smile to the sky With your black velvet cape We love to boogie, we love to boogie Jitterbug boogie, Bolan pretty boogie We love to boogie on a Saturday night and your stovepipe hat Be-bop baby the dance is where it's at
I love to boogie Yes I love to boogie on a Saturday night I said I love to boogie, I love to boogie Jitterbug boogie, I love to boogie I love to boogie on a Saturday night
“não guardo as falas antigas. não cruzo o tempo em queimadas. não sou de cintilações nem de estrelas nem de sulcos além do salto possível. sou mais da sombra que da cal e desta esqueci o estilhaço necessário para ler os olhos que mordem e a boca que ataca. ramos e ramos de oliveira fazem de cama aos pastores do silêncio e como nenhuma espada corta a alma do lume o caminho é de lama e de ninhos e de estações interrompidas.___________fatias de malabarismos e alguns segredos de cartão. andam descalços todos os contrastes fantasmas e anjos arredados do pulmão das horas e como guilhotinas cercam e desunham as poucas chamas. a fala é uma área ainda intacta e depois dela somos todos morrentes.”
Isabel Mendes Ferreira
http://youtu.be/bYcezHs_n_Y
terça-feira, 28 de maio de 2013
- Amo gli uomini che cadono, se non altro perché sono quelli cheattraversano.- (Friedrich Nietzsche)
"O Universo não sabe se a vibração que você está oferecendo é por causa do que você está imaginando, ou por causa do que você está observando. Em ambos os casos, está a responder. Onde a emoção vem é que a emoção é a sua orientação ou sua resposta à sua vibração. Sua emoção não cria. Emoção é o seu indicador de que você já está criando. Como você pensa, você vibra. E é a sua oferta vibracional que é igual ao seu ponto de atracção. Por isso é sempre um jogo. O que você está pensando e o que está voltando para você é sempre um jogo vibracional. A emoção (seu Sistema de Orientação) está dizendo a você o que está por vir." Abraham
Um jornal é lido por muita gente, em muitos lugares; o que ele diz precisa interessar, se não a todos, pelo menos a um certo número de pessoas. Mas o que me brota espontaneamente da máquina, hoje, não interessa a ninguém, salvo a mim mesmo. O leitor, portanto, faça o obséquio de mudar de coluna. Trata-se de um gato. Não é a primeira vez que o tomo para objeto de escrita. Há tempos, contei de Inácio e de sua convivência. Inácio estava na graça do crescimento, e suas atitudes faziam descobrir um encanto novo no encanto imemorial dos gatos. Mas Inácio desapareceu – e sua falta é mais importante para mim, do que as reformas do ministério. Gatos somem no Rio de Janeiro. Dizia-se que o fenômeno se relacionava com a indústria doméstica das cuícas, localizada nos morros. Agora ouço dizer que se relaciona com a vida cara e a escassez de alimentos. À falta de uma fatia de vitela, há indivíduos que se consolam comendo carne de gato, caça tão esquiva quanto a outra. O fato sociológico ou econômico me escapa. Não é a sorte geral dos gatos que me preocupa. Concentro-me em Inácio, em seu destino não sabido. Eram duas da madrugada quando o pintor Reis Júnior, que passeia a essa hora com o seu cachimbo e o seu cão, me bateu à porta, noticioso. Em suas andanças, vira um gato cor de ouro como Inácio – cor incomum em gatos comuns – e se dispunha a ajudar-me na captura. Lá fomos sob o vento da praia, em seu encalço. E no lugar indicado, pequeno jardim fronteiro a um edifício, estava o gato. A luz não dava para identificá-lo, e ele se recusou à intimidade. Chamados afetuosos não o comoveram; tentativas de aproximação se frustraram. Ele fugia sempre, para voltar se nos via distantes. Amava. Seria iníquo apartá-lo do alvo de sua obstinada contemplação, a poucos metros. Desistimos. Se for Inácio – pensei – dentro de um ou dois dias estará de volta. Não voltou. Um gato vive um pouco nas poltronas, no cimento ao sol, no telhado sob a lua. Vive também sobre a mesa do escritório, e o salto preciso que ele dá para atingi-la é mais do que impulso para a cultura. É o movimento civilizado de um organismo plenamente ajustado às leis físicas, e que não carece de suplemento de informação. Livros e papéis beneficiam-se com a sua presteza austera. Mais do que a coruja, o gato é símbolo e guardião da vida intelectual. Depois que sumiu Inácio, esses pedaços da casa se desvalorizaram. Falta-lhes a nota grave e macia de Inácio. É extraordinário como o gato “funciona” em uma casa: em silêncio, indiferente, mas adesivo e cheio de personalidade. Se se agravar a mediocridade destas crônicas, os senhores estão avisados: é falta de Inácio. Se tinham alguma coisa aproveitável era a presença de Inácio a meu lado, sua crítica muda, através dos olhos de topázio que longamente me fitavam, aprovando algum trecho feliz, ou através do sono profundo, que antecipava a reação provável dos leitores. Poderia botar anúncio no jornal. Para quê? Ninguém está pensando em achar gatos. Se Inácio estiver vivo e não sequestrado, voltará sem explicações. É próprio do gato sair sem pedir licença, voltar sem dar satisfação. Se o roubaram, é homenagem a seu charme pessoal, misto de circunspeção e leveza; tratem-no bem, nesse caso, para justificar o roubo, e ainda porque maltratar animais é uma forma de desonestidade. Finalmente, se tiver de voltar, gostaria que o fizesse por conta própria, com suas patas; com a altivez, a serenidade e a elegância dos gatos.
Carlos Drummond de Andrade Verkürzte Sequenz einer Videoinstallation von William Kentridge auf der dOKUMENTA (13)
http://youtu.be/nJKwVP32v2s
"Ninguém pode construir em teu lugar as pontes que precisarás passar, para atravessar o rio da vida - ninguém, excepto tu, só tu. Existem, por certo, atalhos sem números, e pontes, e semideuses que se oferecerão para levar-te além do rio; mas isso te custaria a tua própria pessoa; tu te hipotecarias e te perderias.
Existe no mundo um único caminho por onde só tu podes passar. Onde leva? Não perguntes, segue-o!" (Nietzsche)
"Luna Andermatt, cofundadora da Companhia Nacional de Bailado, foi homenageada na noite de quinta-feira, dia 14 de Fevereiro, no Teatro Camões, em Lisboa. A Câmara Municipal de Lisboa deliberou, agora e por unanimidade, atribuir-lhe a Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, a qual foi entregue pelo presidente do Município, António Costa. Foram assim publicamente reconhecidas a consideração e a gratidão para com aquela que ao longo das suas mais de oito décadas de vida, tanto tem feito por demonstrar a relevância da dança, na sua essência cultural de um país."
http://youtu.be/UZd1dGqtHbY