"Na véspera de não partir nunca Ao menos não há que arrumar malas Nem que fazer planos em papel... Todos os dias é véspera de não partir nunca" Álvaro de Campos
sexta-feira, 15 de junho de 2012
O LEQUE DE EÇA DE QUEIRÓS
Fonte Teresa Martins Marques
"LEMBRAM-SE DA HISTÓRIA DO LEQUE DE EÇA DE QUEIRÓS?
O Ramalho conta no Tomo 1 d ‘As FARPAS, que o Eça tinha prometido um leque a uma banhista da Praia da Granja, com quem perdeu uma partida de bilhar. Ela "castigou-o" justamente através desse pedido: o leque tinha de ser assinado pelos amigos Antero, Oliveira Martins, Ramalho, por ele próprio Eça e pelo Junqueiro.
O E...ça foi almoçar com este...s amigos ao Porto (Palácio de Cristal) e, antes disso, comprou numa loja um leque com um cão estampado. (O maganão levava-a fisgada de certeza...)
Desse pormenor do cão vem o título genérico das frases que eles escreveram no bendito leque:
LATIDOS:
Antero: Quem muito ladra pouco aprende.
Oliveira Martins: Escritor que ladra não morde.
Ramalho: Dentada de crítico, cura-se com pêlo do mesmo crítico.
Eça: Cão lírico ladra à lua; cão filósofo abocanha o melhor osso.
Guerra Junqueiro: Cão de Letras – cachorro!
No final vem a assinatura conjunta “A Matilha”
O Ramalho diz que o Eça, depois do almoço, voltou para a Praia da Granja e levou o leque à banhista. Se tal aconteceu, o leque pode andar aí, num espólio qualquer de alguma família , talvez do Norte. A senhora banhista sabia da importância daquelas assinaturas, caso contrário não as teria pedido. Por isso acredito que guardasse o objecto bem guardado.
Se souberem de alguma pista, avisem-me!"
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário