"Na véspera de não partir nunca Ao menos não há que arrumar malas Nem que fazer planos em papel... Todos os dias é véspera de não partir nunca" Álvaro de Campos
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Entrevista SIC ao Ministro das Finanças " Vítor Gaspar " ( Parte 3 de 3 )
Despesa: ministro destaca «esforço de contenção»
Ministro das Finanças confrontado com o PS com falta de medidas de cortes na despesa já em 2011.
O ministro das Finanças não apresentou cortes no lado da despesa já para 2011, mas antes referiu um «esforço de contenção» que permitirá poupar cerca de mil milhões de euros este ano.
«Para estarmos próximos dos limites orçamentais de 2011 é preciso o continuado esforço de contenção de despesa, que é difícil de quantificar, mas estou confortável em estimar em cerca de mil milhões de euros», afirmou aos deputados, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.
Considerando que «um corte de despesa desta grandeza não tem precedente histórico», Vítor Gaspar explicou que as medidas para este ano, em que se inclui a sobretaxa extraordinária e a antecipação da subida do IVA em alguns serviços, vão permitir «compensar já em 2011» o défice em cerca de 0,8 por cento do PIB.
«Com o esforço de contenção da despesa já este ano vamos aproximar-nos da execução orçamental, sendo que, na ausência desse esforço, o desvio seria necessariamente substancialmente maior», sublinhou, estimando o défice em de 6,8 por cento no final do ano, caso nada tivesse sido feito.
O ministro tinha sido confrontado pelos deputados do PS sobre os cortes do lado da despesa.
«Até agora, a única coisa que os portugueses reconhecem como medidas para 2011 são o corte equivalente a 50% do subsídio de Natal e a antecipação do IVA na electricidade e no gás», acusou a deputada Sónia Fertuzinhos, acusando o Executivo de «precipitação» ao anunciar o corte de mil milhões na despesa já em 2011.
Também o deputado socialista Pedro Marques referiu que não encontrou «cortes nas gorduras do Estado» já em 2011 no Documento de Estratégia Orçamental.
«Com este documento, desmentiu o primeiro-ministro, quando referia que os cortes na despesa seriam de montante aproximado ao corte de receita com o imposto extraordinário», apontou.
Fonte : Agência Financeira
http://www.youtube.com/watch?v=bP5XYvio9oE
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