sábado, 27 de novembro de 2010

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Caminhos

painel - escadaria mel firmino



Procurando a Luz



Magos celestiais,

Para onde nos levam

Os vossos caminhos?



Para o Futuro,

Há muito, esperado?

Para o Paraíso,

Outrora, perdido,

E agora desejoso de ser re-encontrado?



Que caminhos teremos

De percorrer, ainda?

Por quantas marés

Teremos de navegar?

Quantas Estrelas

Teremos de contemplar?

Quantos céus

Teremos de percorrer?

Quantos montes

Teremos de mover

Rumo a uma outra era,

Rumo a uma nova idade?



Isabel Rosete

02/01/2009



16 MÁXIMAS SOBRE A FILOSOFIA: PARA UMA VISÃO REDONDA DO MUNDO E DA VIDA, Por Isabel Rosete
1.Se acreditarmos nas palavras de Nietzsche, a primeira proposição filosófica foi enunciada por Tales: a água é o princípio, a origem, de todas as coisas.



2. O pensamento filosófico é, para Nietzsche, uma actividade fisiológica, que requer a expressão da força, como critério do seu exercício autêntico. A metáfora da Natureza é, amiúde, explorada pelo filósofo, com o intuito de manifestar, de forma concreta e objectiva, convicta e veemente, o seu conceito de filosofia como expressão “claramente vista” da dureza do Pensar e do Agir, do Fazer.


Na obra, Assim falava Zaratrusta, podemos ler: “Tem coragem, irmão meu? Tem valentia? Não a coragem diante de testemunhas, mas a valentia de solitário, daquele ao qual nem mesmo um deus faz mais do que ser espectador.

As almas frias, cegas, embriagadas, não são para mim corajosas. Tem coração aquele que conhece o medo e que tem controlo sobre o medo; aquele que olha para o abismo, com orgulho. Aquele que olha para o abismo, com olhos de águia, que com garras de águia prende o abismo: isto constitui a coragem”, a dignidade autêntica do homem que é Homem.




3. Na obra Ecce Homo, Nietzsche apresenta-nos a Filosofia como a expressão da plena libertação dos sentidos e dos instintos, como a manifestação da dureza, da força, do carácter firme e destemido. Assim sendo, a Filosofia é, apenas, para aqueles que possuem a pujança de espírito para suportar a solidão, para enfrentar o medo.


A FILOSOFIA é, tão-só, para aqueles que não se submetem à pseudo segurança dos ideais caquécticos, dogmáticos e irreversíveis.



4. O Pensamento não nos é dado a nós, seres humanos, como uma mera faculdade inata, produzida naturalmente por herança genética e crescimento biológico. Por isso mesmo, precisamos de aprender a pensar, dedicando-nos a esta aprendizagem ao longo de todos os dias das nossas Vidas. Esta aprendizagem depende, apenas, de duas coisas: 1. da convivência com outras pessoas; 2. da reflexão sobre os nossos próprios pensamentos e os pensamentos dos outros.

Um aspecto fundamental da reflexão – quer dizer, do pensamento que se volta sobre e para si mesmo – consiste em questionarmos porque pensamos de uma determinada forma, e não de outra. Há sempre uma causa, mesmo que oculta! Ao assumirmos este procedimento, ao adoptarmos esta postura, com convicção genuína, ao perseguirmos os fundamentos dos nossos pensamentos, que são os fundamentos do mundo conforme nós o conhecemos, estamos a fazer Filosofia.



5. Desde o século XVII, aquando da revolução epistemológica, a FILOSOFIA define-se como:

1. O lugar privilegiado da reflexão sobre as grandes questões a que a ciência não dá resposta;

2. O topos (lugar natural) da mais fecunda organização de sínteses sobre os diferentes saberes particulares;

3. Um meio de questionação e problematização sobre a totalidade do real;

4. O caminho mais viável para a reflexão sobre a linguagem, particularmente sobre a linguagem científica, com o objectivo de anular a irracionalidade, a falta de Ética, o progresso acrítico e irresponsável das ciências, e também da tecnologia desenfreada, que caminham a um ritmo arrebatador.



6. Uma Filosofia definitiva, feita e assente de uma vez para todo o sempre, implicaria a imobilidade do pensamento humano: o Absoluto anestesiá-lo-ia. Essa tal verdade que se procura, consciente ou inconscientemente, aspiração ingénua de espíritos incultos, pode animar os crentes e exaltar os entusiastas: “no domínio do puro pensamento nunca produzirá senão ilusão e vertigem”, afirma Antero de Quental.



7. A palavra FILOSOFIA é composta pelos termos "philos" (amigo, amante) e "sophia" (sabedoria), recorrendo à definição etimológica deste vocábulo, que significam, nesta sua articulação essencial, "amor à sabedoria". Foi Pitágoras, no século VI a.C., que a utilizou pela primeira vez, para designar os homens que procuravam a sabedoria, separando-os assim dos deuses que a possuíam.



8. A Filosofia surgiu, historicamente, nas antigas colónias gregas da Ásia Menor, no século VI a.C.

Os primeiros filósofos substituíram as narrações mítico-religiosas do cosmos, por explicações racionais, partindo de um conjunto de ideias que farão parte da tradição filosófica, partindo da convicção de que:

1. Na Natureza as coisas não acontecem por acaso, mas obedecem a uma necessidade que determina o quando e o como do seu acontecer;

2. O Homem possui uma faculdade, a Razão, que lhe permite aceder à verdade, ultrapassando as aparências dos sentidos e as ideias comuns;

3. Por detrás da multiplicidade e mudança permanente das coisas, como havia dito Heraclito, subjaz algo de oculto e imutável, o Ser, como contrapôs Parménides.



9. Embora o Filósofo seja aquele que procura o saber, a verdade é que, rapidamente, os primeiros filósofos – Tales, Anaximandro, Pitágoras, Demócrito, Heraclito e Parménides, entre outros – se convenceram de que já possuíam esse saber. Entre o século VI a.C. e o século XVII, predominou a concepção da FILOSOFIA como o verdadeiro saber. A Verdade por ela revelada era única, eterna e irrefutável.



10. O FILÓSOFO é aquele que se ergue, de rosto aberto e ousando o Tudo, acima do seu tempo para compreender o Presente e o Futuro, reparando os erros do Passado, para construir um Novo Mundo.



11. O FILÓSOFO É, TAL COMO O POETA, O ÚNICO CAPAZ DE COMTEMPLAR A VERDADE DAS COISAS E DE A REVELAVAR AOS OUTROS HOMENS, DE MENTES ADORMECIDAS.



12. À medida que a Ciência moderna se impõe como a única forma de conhecimento válido, porque baseada em factos supostamente verificáveis universalmente, mais se questiona o lugar da Filosofia. Por todos os lados, deparamo-nos com as seguintes questões: Qual é a importância da Filosofia? Qual sua finalidade? Qual a sua utilidade? Porque somos obrigados a estudar Filosofia no ensino secundário?

A resposta é simples: A Filosofia é um conjunto de ideias, de juízos de valor, sobre o Homem, o Mundo, a Terra, a Natureza, o Universo, o Ser, a Vida, a nossa vida. Mas, note-se: uma resposta concreta e objectiva que visa, directamente, a acção imediata fundada num pensamento devidamente determinado.




13. A Filosofia encontra a sua origem no desassossego, no alvoroço, na agitação, gerada pela curiosidade humana que move a necessidade vital de compreender, problematizando e questionando, os valores, as tradições ou os hábitos instituídos sobre a realidade, nas suas diversas formas, vindos do senso comum, incapaz de ver longe, de atingir as essências escondidas pelos véus opacos das aparências.






14. A Filosofia é:



- Pensamento, Reflexão, Interpretação, Análise, Crítica;

- Investigação, Argumentação, Dúvida, Discussão;

- Espanto, Inquietação, Ousadia, Persistência;

- Acção, Atitude, Coragem e Decisão Convicta e Fundamentada Racionalmente.



15. A Filosofia não é apenas uma disciplina. A Filosofia também não é, somente, uma mera área do Conhecimento, entre muitas outras. A Filosofia é a Sabedoria, por excelência.



16. Acredita em todos aqueles que buscam a Verdade com convicção, porque admitem que a Verdade existe, realmente, para além da odiosa mentira. Assim, também serás filósofo.



Isabel Rosete

18/11/2010




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An animated journey through the surreal world of René Magritte



http://www.youtube.com/watch?v=0qCVIelcIYE&feature=player_embedded#

sábado, 20 de novembro de 2010

London Symphony Orchestra




http://www.youtube.com/watch?v=oGyvl9McMGs&feature=player_embedded#!

Fernando Rodrigues Pereira Consultor de Comunicación Director General de Press-à-Porter Comunicação (Portugal)
"Antes de mais, quando lerem estas linhas saibam que estão a ler um texto de reflexão - que não nasce por iniciativa própria, mas porque me desafiaram a fazê-lo - de um não-especialista em economia e finanças. Sou apenas um português, europeu do sul, céptico mas produto de uma educação católica, da classe média trabalhadora e que paga impostos na esperança de receber algo em troca e talvez, um dia, ter uma reforma que ainda possa gozar.

Ontem, quando questionado pelo Financial Times sobre como Portugal pensava responder à crise em que está mergulhado, o Ministro Português da Finanças, Teixeira dos Santos, admitiu que “a probabilidade de Portugal pedir ajuda externa é elevada”. Há muito que a sombra do FMI paira sobre nós. A surpresa não foi assim tão grande. Aliás, já ca esteve, nos anos 70 e 80. Não foi um drama. Passados minutos, o mesmo Ministro, disse à Reuters, que a probabilidade existia, mas não era desejável e não existiam ainda contactos para que tal acontecesse. Coisas de políticos! Para já os mercados reagiram bem, mas amanhã, talvez reajam mal. De Bruxelas, ainda ninguém disse nada. Será que vai dizer? As agências de rating essas, na hora certa, dirão.

Esta crónica quando ma pediram serviria para reflectir sobre isto. De imediato, veio-me à cabeça uma viagem que fiz a Praga há uns meses. Aí tive a oportunidade de viver uma experiencia única, na famosa sala de concertos Rudolfinum. Comemoravam-se os 150 anos do nascimento de Gustav Mahler e a Filarmónica da Republica Checa, conduzida por Christoph Eschenbach, interpretou a 2ª Sinfonia de Mahler, a Ressurreição. No final, extasiado, só voltei a mim quando consegui falar, com quem me acompanhava, sobre a forma como me senti esmagado pela contradição de sentimentos que vivi naqueles 90 minutos.

Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: Por que se vive?. Simbolicamente, narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agruras.

A origem de Mahler é importante, porque é diferente da minha. Porém, ao mesmo tempo é irrelevante, porque a origem não deve ser discriminatória. A Europa fez-se e deveria construir-se, dia a dia, com as suas diferenças. A visão judia é em muito semelhante à visão calvinista, protestante dos europeus do centro e norte. Porque não crêem absolutamente na “vida para além de…”, vivem rigidamente a ética do trabalho, que por sua vez legitima transparentemente o lucro. Só assim conseguiram criar a palavra accountability, que não existe na lusofonia, por exemplo.

Se, hoje, aquela experiência avassaladora se repetisse, depois ouvir a Ressurreição segundo Mahler, gostaria de descomprimir, novamente, a conversar sobre os 5 movimentos da sinfonia. Mas, desta vez, não com a minha mulher, mas com a Sr.ª Merkel. Para quê? Para, enquanto Português, me auto justificar e arranjar algumas desculpas e para que a Srª Merkel, no seu altar teutónico, me bombardear com argumentos frios e racionais.

O primeiro movimento é sobre a morte. Aqui falaríamos sobre o nosso nível de endividamento, sobre a nossa incapacidade de nos governarmos e sobre as sanções políticas e económicas que nos querem impor…

No segundo, a vida é relembrada. Eu diria que o directório dos ricos se impõe muitas vezes e que quer fazer uma Europa para servir os seus objectivos, ela diria que já está farta de nos ver desperdiçar fundos e de pagar pela nossa ingovernabilidade.

No terceiro, Mahler apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. Aí eu diria que fomos enganados, que não entramos no euro, que fomos obrigados a aderir ao marco e agora é o que é: ficamos amarrados ou seremos expulsos. A Srª Merkel diria que nos deslumbramos e que não cumprimos. Ambos perguntaríamos se assim se constrói a Europa? Sem ser pretensioso, acho que ambos chegaremos à conclusão que não.

No quarto movimento o herói de Mahler readquire a sua fé e a esperança. O herói de Mahler tem que ser a Europa. A fé e a esperança readquire-se com a capacidade que os PIIGS – empresas, governos, cidadãos - terão em criar para os seus vocabulários e praxis, uma palavra semelhante a accontability, mas com um pouco de emoção lá dentro. Vai doer. Mas, por cá, nas ruas as pessoas sentem que a mais que provável do FMI estará já a ser preparada. A fé e a esperança readquire-se - e a Srª Merkel já percebeu que só existira União Europeia se houver Euro – se a Europa for realmente uma União Europeia. A esperança está numa fórmula, dolorosa, que não faça os cidadãos de Munique ou do Porto desacreditarem da ideia Europa dos cidadãos, em que cada uma tem as suas responsabilidades, deveres e direitos.

No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, sem ninguém temer o Dia do Juizo Final. E aí os PIIGS podem viver a sua Ressurreição e ser a ressurreição da Europa. São povos que sempre souberam resistir nos seus territórios e cresceram para o mar. Levaram a ideia de Europa – democracia, tolerância, diplomacia - pelo mundo fora e deram ao mundo e continuam a dar, novos mundos. Não apenas mercados. Nesta fase, a relevância da Europa, está muito para além da sua força económica.

A forma como todos passarmos por esta crise, vai permitir demonstrar que a Europa pode continuar a ser o Ocidente, a ser um Novo Ocidente que permita uma nova ordem mundial pacífica onde o mundo seja um local menos perigoso e mais próspero para todos."

via
http://www.euractiv.es/analisis/analisis=241

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Verdi - La Traviata




http://www.youtube.com/watch?v=3V46VAc3S5c

Albert Hall Concert, in honour of George Solti



http://www.youtube.com/watch?v=z3Omn-6rTFY




http://angelagheorghiu.blogspot.com/

Martha Argerich



http://www.youtube.com/watch?v=BlLd1NyMrm4&feature=player_embedded#!



via

http://angelagheorghiu.blogspot.com/2009/12/martha-argerich-at-2009-nobel-prize.html

Danças Ocultas

Acordeão.jpg



http://www.youtube.com/dancasocultas

Outono/Inverno

Colecção Outono/Inverno 2009/2010




A editora de moda do Washington Post notou em tom elogioso que o novo visual de Hillary Clinton "é praticamente uma revolução no meio do conservadorismo das mulheres da política". A escritora e publicista americana Dominique Browning, de 55 anos, defendeu no New York Times que, no seu próprio caso, o cabelo comprido "é sem dúvida uma declaração de independência" - e mais de 1200 comentários apareceram na edição online do jornal. Meia América anda a discutir se as mulheres devem ou não usar o cabelo comprido a partir da meia-idade, quando a regra diz que curto é que é decente. E a responsável pela discussão é nada menos que Hillary Clinton.

A secretária de Estado norte-americana, que hoje se reúne com o ministro dos Negócios Estrangeiros Luís Amado, em Lisboa, onde participará nas cimeiras da NATO e da UE-EUA, tem aparecido em público com o cabelo comprido - em rigor, com o cabelo mais comprido do que era habitual nos últimos anos. E o que à partida seria apenas uma opção estética transformou-se de repente num debate ético.

Se o cabelo é um sinal exterior de erotismo, e quanto mais longo mais simbólico, não será que a norma do cabelo curto para as mulheres de 50 ou 60 anos é uma forma de as obrigar a suprimir a sua sexualidade? Mais prosaico ainda: por que razão haveremos de discutir o cabelo de uma responsável política, se se trata acima de tudo de uma escolha íntima?

Isabel Branco, 58 anos, produtora de moda do Portugal Fashion e responsável pelos desfiles de estilistas como Felipe Oliveira Baptista, Ana Salazar ou Luís Buchinho, entende que a ex-senadora "é uma personalidade suficientemente conhecida para criar tendências, mais nos EUA do que na Europa", pelo que o seu novo estilo pode contagiar muitas mulheres da mesma idade. No entanto, Isabel Branco adianta que, se uma mulher da sua idade lhe pedisse opinião, diria que "deve usar o cabelo sempre curto". Com uma ressalva: "Há factores que implicam outra opinião: a cor dos olhos, a estatura da pessoa, o estilo pessoal... Ocorre-me que a Maria Bethânia, por exemplo, sempre usou o cabelo comprido e fica-lhe bem. Há excepções, portanto. Em abstracto, talvez o médio-curto seja o mais adequado, a "altura chique": toca e não toca nos ombros."

Com humor, remata: "Às vezes não é só uma questão de beleza, muitas mulheres cortam o cabelo quando chegam à meia-idade porque querem mudar de vida ou de marido. O simples facto de alterarem o cabelo faz com que passem a ser olhadas."

O último reduto da beleza?

Paulo Vieira, 53 anos, mais de 30 como cabeleireiro, explica que "um rosto maduro fica mais composto com um cabelo mais curto, enquanto o cabelo comprido, ao alongar a linha do rosto, acentua os traços do envelhecimento". Ainda assim, "a ideia de que cada tipo de cara pede um corte específico não é para seguir cegamente". "Já houve clientes minhas de meia-idade que deixaram crescer muito o cabelo e quando apareceram aqui estavam mais bonitas e só tive de fazer um corte que tirasse partido do comprimento."

Rosalina Machado, 70 anos, empresária lisboeta e cliente de Paulo Vieira, usa o cabelo curto e não receia sentenciar: "Acho impensável uma mulher de 50 ou 60 anos usar o cabelo comprido. Eu não o faria." Porém, também abre excepções: "Uma senhora de meia-idade não deve usar rabo-de-cavalo, tal como não deve usar minissaia. É preciso ter o sentido do ridículo e perceber que já não temos 20 anos. Agora, a Beatriz Costa, que toda a vida usou o mesmo corte, acho que ficava muito bem. Era a imagem de marca dela. Mas de uma maneira geral acho que a idade pede menos exuberância, incluindo no cabelo."

Que dizer, então, de Cristina Kirchner, Presidente da Argentina, que aos 57 anos usa longos cabelos castanhos? Ou da pianista argentina Martha Argerich, que aos 69 assume os longos grisalhos? Ou de Susan Sontag, a influente intelectual norte-americana falecida em 2004 cujo cabelo comprido com uma madeixa branca à frente foi a imagem de marca durante anos? Que dizer do cabelo comprido da vice-presidente do PSD Paula Teixeira da Cruz, de 50 anos, ou do da socialite Cinha Jardim, de 53?

Rose Weitz, professora de Sociologia e Estudos de Género na Arizona State University, EUA, explica no livro Rapunzel"s Daughters: What Women"s Hair Tells Us About Women"s Lives (2004) que "quando o resto do corpo está macerado pela idade, o cabelo pode muitas vezes ser o último reduto de beleza" das mulheres. Até porque "as cirurgias estéticas são caras e têm efeitos temporários e as roupas mais bonitas nem sempre servem para camuflar o corpo das mulheres velhas, porque são feitas a pensar em corpos sem ventres protuberantes, sem cinturas largas e sem ombros encurvados". O P2 pediu opinião sobre Hillary Clinton a Rose Weitz, mas a socióloga declinou o convite.

É sabido que o cabelo faz parte de um assunto maior chamado sexualidade e envelhecimento. Robin Givhan, editora de moda do Washington Post (vencedora de um Pulitzer em 2006 pelo trabalho como crítica de moda), não tem dúvidas de que "o cabelo comprido significa juventude, feminilidade e sensualidade". "A pressão cultural para submeter as mulheres à tesoura a partir de certa idade diz-nos nas entrelinhas que aquelas características são consideradas uma contradição em mulheres com rugas", continua.

Rose Weitz escreve, por seu lado, que "a perda de massa muscular, a cintura menos estreita, as rugas e os cabelos brancos são bem aceites em sociedades que valorizam o envelhecimento das mulheres", como em certas partes da Índia, Nova Zelândia ou África do Sul. "Nos EUA, pelo contrário, espera-se que as mulheres mais velhas façam de tudo para esconder os sinais da idade." E não se poderá dizer que na Europa seja diferente.

"Por muito que se discuta este assunto, não seremos capazes de encontrar propriamente tendências no corte e estilo de cabelo, e até na roupa, criados para mulheres de meia-idade, porque alguém se esqueceu de que elas existem", ironiza Isabel Branco. "O envelhecimento parece que é proibido e isso preocupa-me, porque é como se estivéssemos a tentar apagar um facto normal da vida", diz Paulo Vieira, que nota que em Portugal as mulheres portuguesas de meia-idade tendem a usar mais o cabelo médio do que propriamente curto. Já "o grisalho é culturalmente considerado feio, daí que muitas mulheres encurtem o cabelo e o pintem. E muitos homens também".

Para consubstanciar a tese de que idade avançada e feminilidade são culturalmente incompatíveis, a socióloga americana cita um estudo publicado de 2000, The Mirror Has Two Faces, de Elizabeth W. Markson e Carol A. Taylor, segundo o qual, entre 1929 e 1995, o número de mulheres com 60 ou mais anos nomeadas para os Óscares foi praticamente metade do número de homens. "Na maior parte das épocas anteriores à segunda metade do século XX as mulheres que envelheciam deveriam conservar uma imagem de maturidade. As que se esforçavam por parecer mais novas passavam por ocas e vaidosas."

A partir da década de 60, por via da publicidade a produtos para pintar o cabelo, criou-se a ideia de que os cabelos brancos, que o comprimento tanto destaca, são um sinal de desmazelo. Um dos anúncios desses produtos, Loving Care, da marca Clairol, estabelecia o padrão da época, por via da censura: "Há quanto tempo é que o seu marido não a leva a jantar? Talvez os cabelos brancos a façam parecer mais velha do que de facto é."

A regra hoje parece ser a inexistência de regras. E a moda é cada pessoa ter o comprimento de cabelo de que mais gosta. "Os especialistas em moda mandam usar roupas adequadas à idade. Mas numa época em que muitas quarentonas têm corpos mais elegantes e tonificados do que muitas adolescentes, o que é que determina se algo é ou não adequado à idade?", pergunta-se Robin Givhan. A jornalista defende que "o cabelo conta a história da pessoa, uma história pessoalíssima, muito mais pessoal do que a que contam as roupas - o cabelo fala de política, cultura, enquadramento social e religião, mas também de raça, etnia e saúde". Por isso não faz sentido arregimentar os cortes e tamanhos consoante a idade das mulheres, mas sim adaptá-los a cada uma.

Há várias perguntas no cabelo de Hillary Clinton
A secretária de Estado norte-americana deixou crescer o cabelo para lá da linha dos ombros. E a América discute agora por que é que as mulheres de meia-idade não podem usar o corte que lhes apetece. Os especialistas dizem que a regra é não haver regras. Por Bruno Horta


Salomé Coelho não discorda, mas prefere analisar o lado menos óbvio do tema. Para esta psicóloga, de 27 anos, vice-presidente da União de Mulheres Alternativa e Resposta - UMAR, "o facto de se dar uma interpretação estética ao cabelo das mulheres resulta do controlo social que se exerce sobre a beleza feminina". Um controlo que também existe para os homens, reconhece, mas ainda assim questiona: "Por que é que a beleza é tão importante quando se fala da mulher? Porque o valor das mulheres ainda é medido pela aparência física. A beleza delas está sob permanente escrutínio público. Faz-me confusão que o cabelo de Hillary Clinton seja mais do que um assunto de café e mereça discussão nos jornais, porque nas entrelinhas está-se a discutir o comportamento privado dela, senão mesmo a sua competência enquanto responsável política. Se amanhã David Beckham fizer uma nova tatuagem fala-se muito disso, mas ninguém parte daí para interrogar as características dele enquanto homem ou futebolista."

via
http://jornal.publico.pt/noticia/19-11-2010/ha-varias-perguntas-no-cabelo-de-hillary-clinton-ha-varias-perguntas-no-cabelo-de-hillary-clinton-20632602.htm

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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Lembrar José Saramago

Um programa do canal de televisão Contact, do Quebec, com uma viagem por Lisboa, pela vida e pela obra de José Saramago.



José Saramago, "Contact" from Fundação Jose Saramago on Vimeo.


via
http://www.josesaramago.org/

CAMÕES ARTE PORTUGAL

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CAMÕES ARTE PORTUGAL - É incrível como este soneto se mantém actual.

MUDAM-SE OS TEMPOS - MUDAM-SE AS VONTADES

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
muda-se o ser, muda-se a confiança;
todo o Mundo é composto de mudança,
tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
diferentes em tudo da esperança;
do mal ficam as mágoas na lembrança,
e do bem (se algum houve), as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
que já coberto foi de neve fria,
e, enfim, converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
outra mudança faz de mor espanto,
que não se muda já como soía.

Luís de Camões

Solidariedade

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http://www.chrissilva.com/index.php?/offsite/links/

"O veleiro de Cristal"

Resoluções para 2011

Tenho o gosto de divulgar as seguintes resoluções quanto a saúde para 2011 para que os meus amigos e leitores procedam de modo a terem excelente vigor doravante.
Foram-me lembradas por Pedro Cardoso, são bons e simples conselhos, não custa segui-los.


1. Drink plenty of water
2. Eat breakfast like a king, lunch like a prince and dinner like a beggar.
3. Eat more foods that grow on trees and plants and eat less food that is manufactured in plants..
4. Live with the 3 E's -- Energy, Enthusiasm and Empathy
5. An apple a day keeps the doctor away.
6. Play more games
7. Read more books than you did in 2010 .
8.Sit in silence for at least 10 minutes each day.
9. Sleep for 7 hours.
10.Take a 10-30 minutes walk daily. And while you walk, smile.
.......
1. Beba muita água.
2. Coma o pequeno almoço como um rei, almoç«ce como um príncipe e jante como um mendigo.
3. Coma mais alimentos que crescem sobre as árvores e plantas e coma menos alimentos que são produzidos em unidades ..
4. Viva com os 3's - energia, entusiasmo e empatia.
5. Uma maçã por dia mantém o médico à distância.
6. Jogue mais jogos.
7. Leia mais livros do que você fez em 2010.
8. Sente-se em silêncio por pelo menos 10 minutos por dia.
9. Sono por 7 horas.
10.Dê uma caminhada diária de 10-30 minutos. E quando você andar, o sorriso deve estar presente.

"O veleiro de Cristal" - José Mauro de Vasconcelos


Citando o resumo presente no livro:

“Esta é uma história que se dirige aos leitores que sabem que existe alguma coisa além do quotidiano, que o mundo também pode abrigar o sonho, o maravilhoso, o diferente.

O menino Edu é um personagem que faz pensar e emociona, porque a sua imaginação é ágil e povoa o seu mundo de seres extraordinários que acabam por ter vida própria, aquela vida que está além do que os olhos vêem.

(…) A bordo do Veleiro de Cristal, nave brilhante que existe dentro de todos nós, é possível compreender melhor o que está ao nosso redor e perceber o que fica além, nos limites ambíguos do real e do irreal. Para o menino Edu, a companhia de amigos dedicados, alegres e brilhantes como o velho tigre de bronze, ou a sábia coruja Mintaka.”



Fiz imensas marcações no livro e, uma delas foi esta conversa entre o menino Edu e o seu amigo o tigre de bronze:

“ – Eu estava a pensar numa coisa enquanto me contavas a tua história. A diferença entre nós, as feras e os homens.

– Porquê?

–Nós somos mais rígidos e mais lógicos em certas coisas. Quando nasce uma cria defeituosa nós destruímo-la sem que ela sofra. Abreviamos cedo o grande sofrimento que ela teria de suportar mais tarde.

– Correcto. Mas eu não gostaria de ter perdido toda esta beleza da vida que os meus olhos me trouxeram até hoje. Apesar de tudo a vida é uma verdadeira beleza.”



Outra foi este diálogo novamente entre os dois, que aconteceu antes da operação de Edu:

“ – É duro dizer adeus.
(…)

– Sabes de uma coisa, Edu? Um dia eu prometo que irei buscar-te para uma viagem linda. E o veleiro será diferente porque poderá até voar.

– Falas a sério?
– Por que mentir a um amigo?

– Não é porque estás com pena de mim? Com pena porque vou fazer esta operação?

– Nada disso. Estou a falar porque sou teu amigo e mesmo longe vou estar sempre a pedir À Vida por ti...
– Ela está a caminho” (a tia Anna). “Adeus Gabriel.

– Adeus, meu filho que a ternura faça ninho no teu coração.
– E a viagem?
– Está prometida. Espera com todas as esperanças e fé na alma.

– Adeus, Gabriel.

– Adeus”



No fim, Edu acaba por falecer e despede-se da tia dizendo:

“ – Anna, por favor abra a janela que eu quero ver a noite. Na noite está o meu veleiro de cristal à espera para partir. Adeus.”



É mesmo um livro muitíssimo bonito e que nos toca. Um livro a reler!





Nota: Para quem o quiser ler, encontrei o livro online aqui!


http://www.scribd.com/doc/6881361/Jose-Mauro-de-Vasconcelos-O-Veleiro-de-cristal

via

http://zildacardoso.blogs.sapo.pt/

Outras Leituras:

http://descobrirafelicidade.blogs.sapo.pt/


http://docerefugio.blogs.sapo.pt/


http://fernandonobre.blogs.sapo.pt/



http://caminhoparaaliberdade.blogs.sapo.pt/


http://descobrirafelicidade.blogspot.com/


http://domeulugar.blogs.sapo.pt/


http://caminhando.blogs.sapo.pt/


http://formiguinha.blogs.sapo.pt/

Make every act work of art.

Faça de cada acção de trabalho uma forma de arte.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Toda a Ciência, Todo o Tempo

http://www.blogger.com/profile/02522347714772131441





A crítica económica da austeridade em 5 minutos. Já com legendas. E com bonecos


http://www.youtube.com/watch?v=E1Kzp5EVUWg&feature=player_embedded#!


The Evilutionary Biologist
All Science, All The Time




horta

http://twinset.com.au/blog/2010/06/eco-life-vegie-patch/


http://www.infojardin.com/

Le Roux



http://www.interscope.com/artist/player/default.aspx?meid=6180&aid=1129

Minha Paixão Crescente

fb_Losg8YwNcK6Memdsd8MG



Australian flora and fauna, gardening, biological sciences and related joys.

flora e da fauna australiana, jardinagem, ciências biológicas e alegrias relacionados.

http://www.growingpassion.org/



http://www.growingpassion.org/search?updated-min=2009-01-01T00%3A00%3A00%2B11%3A00&updated-max=2010-01-01T00%3A00%3A00%2B11%3A00&max-results=24



http://www.scientificamerican.com/

Sociedade Civil - Magazines RTP 2 - Multimédia RTP

Sociedade Civil - Magazines RTP 2 - Multimédia RTP

Adele



http://www.youtube.com/watch?v=zIV9i6eO-bo


http://www.onedayonearth.org/

RITMO

A vida é movimento (o movimento) e no movimento harmonioso está o ritmo. A excelência da banda sonora vestiu o movimento de ritmos de imaginação, de dança, de ballet africano, de magia. Magnífico.



http://www.youtube.com/watch?v=lVPLIuBy9CY&feature=player_embedded#!



http://www.growingpassion.org/2010/11/deja-vu.html

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Trabalhos em tear

http://www.youtube.com/watch?v=oEZp9vCviI4&NR=1


Fotos

http://www.aprendetelar.com/fotos


http://knitsandreads.blogspot.com/

Pantufas





http://www.youtube.com/watch?v=Acvo46EeRzU&feature=related





Crochet - Roda da Catarina - crochet da Baviera

http://www.youtube.com/watch?v=x745ZeNbVFM&feature=related






botões tecido em cochet



http://www.youtube.com/watch?v=7dWe3JPn8Oc&feature=related





http://www.youtube.com/watch?v=oCzBI-Sqrgc&feature=related

Ponto peruano



Tricot - montagem




domingo, 14 de novembro de 2010

Terror



Baseado no romance de Edgar Wallace, este é um programador de 1938 feita na Grã-Bretanha e lançado originalmente em 1938 e relançado em 1941. Um grupo de criminosos realizam um assalto ousado de uma van blindada. Dois dos criminosos são traídos pelo mentor da operação. Depois de dez anos na prisão, eles saem e procurar o homem por trás dos crimes que os traíram. Mas a polícia está em sua cauda também querendo descobrir quem estava por trás do roubo.

Este clássico Old Dark House mistério estilo estrelas Arthur Wontner (Sherlock Holmes), Alastair Sim (Patinhas), Bernard Lee (O terceiro homem, James Bond) e Linden Travers (Senhora Desaparecida).

Edgar Wallace (1875-1932) foi um crime Inglês escritor, roteirista, dramaturgo e diretor, que escreveu 175 novelas, 24 peças de teatro, inúmeros artigos em jornais e revistas e dirigiu dois filmes.

Mais de 160 filmes foram feitos a partir de seus romances, mais do que qualquer outro autor. Na década de 1920, um dos editores de Wallace afirmou que um quarto de todos os livros lidos em Inglaterra foram escritos por ele. Ele é mais conhecido hoje como o co-criador de "King Kong", escrevendo o roteiro inicial e história para o cinema e para a criação do personagem Arqueiro Verde.

Tom Waits & Iggy Pop - Coffee and Cigarettes




http://www.imdb.com/title/tt0379217/


http://www.archive.org/details/The_Sign_OF_Four

Katia Guerreiro




Katia Duarte d'Almeida d’Oliveira Rosado Guerreiro mais conhecida apenas como Katia Guerreiro nasceu na África do Sul, em 23 de Fevereiro de 1976 é uma fadista e médica portuguesa.

Biografia
Divide a sua vida entre as paixões pela música e pela medicina. É uma das mais internacionais fadistas portuguesas. O seu fado caracteriza-se por uma grande riqueza lírica, cantando escritores portugueses contemporâneos, com destaque para António Lobo Antunes.

Teve um percurso geograficamente atribulado. Nasceu na África do Sul, cresceu nos Açores, onde frequentou um rancho folclórico. Estudou e licenciou-se em Lisboa, em Medicina. Nos anos 90 do século XX foi vocalista com o grupo Os Charruas. Trabalhou no Hospital Distrital de Évora e, mais tarde, regressou à capital. Foi durante o curso que descobriu a sua veia fadista, em convívio com colegas e, de forma um pouco mais séria, em concertos, após o desafio feito pela parelha de guitarristas formada por Paulo Parreira e João Veiga.

Com a mesma parelha e o viola-baixo Armando Figueiredo, e apadrinhada pelo fadista João Braga, estreou-se em 2001 com o disco "Fado Maior". O álbum, editado pela Ocarina, conheceu grande sucesso internacional, tendo sido editado no Japão e na Coreia do Sul. Entre outros temas, inclui fados popularizados por Amália Rodrigues, a sua maior influência, e poemas musicados de Fernando Pessoa, Sophia de Mello Breyner Andresen e António Lobo Antunes.

Fonte
http://www.wikipedia.org/

terça-feira, 9 de novembro de 2010

shows de tango


via
http://www.pianola.nl/Pianola_Museum/Tango_concerten.html




http://bkids.typepad.com/.a/6a00e54fbad09988340120a91269df970b-pi

via
http://bkids.typepad.com/knockknock/





http://www.youtube.com/watch?v=UKmuvjL2cVw&feature=player_embedded



http://www.yvoverschoor.nl/filmlijst.html



http://bkids.typepad.com/knockknock/

Natureza- Mira de Aire

Mira de Aire




Álbum Polje





http://my.nature.org/nature/




Lon Chaney plays Blizzard, a deranged psychopath scarred by the childhood operation where a young doctor mistakingly amputated both of his legs. Hellbent on revenge Blizzard becomes a master criminal. This is one of Lon Chaney's most famous non-horror roles.

http://www.archive.org/details/ThePenalty

The Nut



Eccentric inventor Charlie Jackson tries to interest wealthy investors in his girlfriend's plan to help children from poor neighborhoods.

Stars: Marguerite De La Motte, William Lowery, Gerald Pring, Morris Hughes, Barbara La Marr, Sydney dé Grey, and Douglas Fairbanks

via
http://www.archive.org/details/The_Nut

A Quimera do Ouro - Charlie Chaplin

Charlie Chaplin is his first feature film. Suffice it to say that, though made in 1924, this film still has scenes that will have modern audiences rolling in the aisles.




http://www.archive.org/details/TheGoldRush_910

de novo, o vinil

INTO THE COSMOS - Architeq/Chopsy from Chopsy on Vimeo.

bem, não deixa de ser um emprego...

Valley Lodge "All of My Loving" from Valley Lodge on Vimeo.

Secretariado



http://www.youtube.com/watch?v=UKmuvjL2cVw&feature=player_embedded#!

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Guia para a Reciclagem

Statler e Waldorf

http://c0573862.cdn.cloudfiles.rackspacecloud.com/1/0/16884/438393/16.jpg



statler and waldorf

30 Ways to Avoid Blogger Burnout and Get Ideas for Your Blog

Imagine ver 2050

What we do today impacts on tomorrow and our actions are tomorrow’s inheritance. We do need to be reminded to act mindfully.

O que fazemos hoje terá impactos amanhã e nossas ações são a herança que deixaremos. Precisamos ser lembrados a agir conscientemente.














http://lauroantonioapresenta.blogspot.com/

Sete maneiras de matar a sua apresentação

Misery. Why people hate work.
View more presentations from Being Culture.



http://www.slideshare.net/coachsmart/misery-why-people-hate-work

Os cinco grandes erros na educação virtual



via
http://www.slideshare.net/guiramirez/the-5-bigmistakesofvirtualeducation

Umberto Eco



"A leitura é uma necessidade biológica da espécie. Nenhum ecrã e nenhuma tecnologia conseguirão suprimir a necessidade de leitura tradicional." Umberto Eco.

http://www.truca.pt/ouro.html

“Amal e a Carta do Rei”

– Teatro radiofónico dos anos 50 – “Amal e a Carta do Rei”

"Em Maio passado, três marmanjos (Pedro Rolo Duarte, João Gobern e eu(Luís Gaspar), no Programa "Hotel Babilónia" da RDP 1, falaram durante quase uma hora, da rádio da outros antanho. Hoje, que o tempo não convida a grandes passeios, ouça um programa de teatro radiofónico dos anos 50: "Amal e a Carta do Rei" de Rabindranah Tagore. ...Chamava-se o programa "Teatro das Comédias" e era dirigido por Álvaro Benamor."

Este é um programa muito diferente do habitual. E por duas razões principais: as palavras de ouro que vamos ouvir não são de autores portugueses e, diferença ainda maior, a duração ultrapassa em muito o que é habitual. Nada mais nada menos que 52 minutos.
E porquê? Porque se trata de recordar um programa de teatro radiofónico com mais de 50 anos!

http://www.estudioraposa.com/index.php/23/06/2006/049-teatro-radiofonico-dos-anos-50-amal-e-a-carta-do-rei/

Théodore Chassériau

http://en.wikipedia.org/wiki/File:Th%C3%A9odore_Chass%C3%A9riau_-_Portrait_of_Mme_Borg_de_Balsan.JPG


http://ritratti.wordpress.com/category/tocqueville-alexis-de/


Théodore Chassériau, tinha por hábito, quando viajava, de anotar ao lado dos croquis que ia fazendo, o seu pensamento. Ele ia registando a sua impressão não só através do desenho, como também através da reflexão pela palavra. Criava-se assim uma intimidade entre o gesto do desenho e o gesto do pensamento. Um equilíbrio.
Nas aulas que eu dou, a minha ambição vai quase até aí.
Mais do que ensinar a desenhar, eu pretendo ensinar a ver, a parar o olhar, um olhar silencioso, sobre todas as coisas que nos rodeiam, a perceber o seu movimento e a sua linguagem. E a relacionar essa posição de ver, com o pensamento, e com a liberdade de usar os materiais, quaisquer que sejam, que deixem no papel um vestígio: um risco, uma mancha, uma forma.
Os trabalhos que aqui se expõem, são exercícios que cada um escolhe, de acordo com o seu gosto, o seu imaginário, as suas memórias, a sua vontade de expressão. Cada um pinta aquilo que lhe toca a alma, e cada um se ouve, enquanto trabalha. É como tornar visível um conteúdo que se descobre.
Não imponho técnicas, nem desvendo segredos. Cada um as vai criando, e desvendando-se a si próprio. E vai criando um canto no seu mundo, dedicado a si, para além da rotina partilhada, ela também importante, mas incompleta.
É simples.
Mónica Baldaque






Cumplicidade aguarelada ...
Um discreto ramo torcido de limoeiro florido repousa num dos cantos da mesa rectangular que tantos segredos e historias tem para recordar...Uma sonata de Bach acompanha os movimentos dos pincéis e vai dando as tonalidades às cores que vão aparecendo discretamente nas telas....
Uma tela inacabada repousa no cavalete e olha para nós esperando sempre uma mensagem amiga da Mónica, companheira e mestre que nos vai guiando nos horizontes da multiplicidade das linhas e das cores.
Um chapéu de palha, com fita azul, voa no atelier e entra na tela onde estão pintados os campos de trigo dourado...
Algumas buganvílias, por cima duma balaustrada, lembram outros tempos....
Um detalhado perfil surge do século XVIII e vai descansar num biombo antigo...
Uma carroça desce numa viela queimada pelo sol, algures...
A sombra de uma árvore centenária abriga as nossas hesitações e dúvidas cromáticas...
Um lápis dança na textura branca do papel ao som das notas musicais que esvoaçam no atelier e vão desaparecendo no arvoredo do jardim...
São estas as pequenas histórias das tardes de quarta-feira que vão surgindo já há alguns anos na paleta do tempo, na companhia da velha magnólia e do rio Douro, sempre à luz do sol que desaparece suavemente...
Bernadette Poisson Coutinho

via

http://clubeliterariodoportofla.wordpress.com/#

La Maza



http://www.youtube.com/watch?v=S-k4AHbfstw

Beatles - Baby You're a Rich Man



http://www.youtube.com/watch?v=gEu7fcjgWK0&feature=player_embedded#!



via
http://arrastao.org/



Walking With Dinosaurs 6


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Walking With Dinosaurs 6 , Death Of A Dynasty
Welcome to the Age of Dinosaurs

http://www.veoh.com/browse/videos/category/animals/watch/v20511783YKgR9tTG

Walking With Dinosaurs 5


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Walking With Dinosaurs 5 , Spirits Of The Ice Forest
Welcome to the Age of Dinosaurs

http://www.veoh.com/browse/videos/category/animals/watch/v205117848pFfk6gX

A Era dos Donossáurios - 4


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Walking With Dinosaurs 4 , Giant Of The Skies
Welcome to the Age of Dinosaurs

Práticas saudáveis - (1953)


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Good Health Practices, Part I
(1953) The makers of Soapy the Germ Fighter are back to teach other things to keep us healthy. Young Jim and Judy learn about proper eating, keeping clean, proper rest and good toilet habits. The enthusiastic narrator reminds us not to be bashful or silly about bathroom habits and that we should go whenever we feel like it.

Crescimento Humano


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Battleship Potemkin (1925)


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domingo, 7 de novembro de 2010

Assim falou Zaratustra /A Saudação

Ia já a tarde muito alta quando Zaratustra, depois de inúteis correrias tornou à sua caverna. No momento, porém, em que apenas se encontrava a vinte passos da entrada sucedeu o que menos se podia esperar: tornou a ouvir o grande grito de angústia. E, coisa assombrosa, naquele instante o grito saía mesmo da sua caverna; mas era um grito prolongado, estranho e múltiplo, e Zaratustra distinguia nele perfeitamente muitas vozes, conquanto à distância parecesse provir de uma só boca.

Zaratustra precipitou-se para a caverna. Que espetáculo o esperava a seguir aquele concerto! Estavam ali reunidos todos os que encontrara durante o dia: o rei da direita e o rei da esquerda, o velho encantador, o Papa, o mendigo voluntário, a sombra, o consciencioso, o lúgubre adivinho e o jumento; o homem mais feio colocara uma coroa e cingira duas faixas de púrpura — porque gostava de se disfarçar e adornar como todos os feios. — No meio daquela triste reunião, a águia de Zaratustra estava de pé inquieta e com as penas eriçadas, porque tinha de responder a demasiadas coisas para que o seu orgulho não tinha resposta; e a astuta serpente enroscara-se-lhe em torno do pescoço.

Zaratustra olhou tudo aquilo com grande assombro; depois examinou cada um dos hóspedes de per si, com benévola curiosidade, lendo nas suas almas e tornando a assombrar-se. Enquanto ele assim fazia, os que estavam reunidos levantaram-se, aguardando respeitosamente que Zaratustra tomasse a palavra:

E Zaratustra falou assim:

“Homens singulares que desesperais! Foi pois o vosso grito de angústia que ouvi? E sei agora aonde hei de ir buscar o que hoje procurei em vão, o homem superior.

Está sentado na minha própria caverna! Para que me hei de admirar? Fui eu mesmo que o atrai com os meus oferecimentos de mel e com a maliciosa tentação da minha felicidade.

Mas vós, proferis gritos de angústia, parece-me que andais muito em desacordo; os vossos corações entristecem-se uns aos outros ao ver-vos aqui reunidos. Primeiro de tudo devia ter estado aqui alguém: que vos fizesse rir outra vez, um chistoso, um dançarino, um catavento, uma ventoinha, algum velho louco: que vos parece isto?

Perdoem-me os que desesperam empregar eu tão frívolas palavras, indignas, na verdade, de tais hóspedes! Mas não adivinhais o que me enche de petulância o coração.

Desculpai-me! Sois vós mesmos, e o espetáculo que me ofereceis. Que todo o que contempla um desesperado cobra ânimo. Para consolar um desesperado... qualquer se julga forte bastante.

A mim destes-me vós essa força — um dom precioso, hóspedes ilustres, um verdadeiro presente de hóspedes! — Pois bem; não vos enfadeis se por minha vez vos ofereço o meu.

Este é o meu reino e o meu domínio; mas o que me pertence deve ser vosso durante esta tarde e esta noite. Sirvam-vos os meus animais, e seja a minha caverna o vosso lugar de repouso!

Aqui albergados, nenhum de vós deve desesperar; eu protejo toda a gente contra os animais selvagens dos meus domínios. Segurança: eis a primeira coisa que vos ofereço!

A segunda é o meu dedo mínimo. E se vos dou o dedo mínimo, tomareis a mão inteira e o coração ao mesmo tempo. Sede bem-vindos aqui; saúde, hóspedes meus!”

Assim falava Zaratustra, com amável e malicioso sorriso. Depois daquela saudação os hóspedes tornaram a inclinar-se guardando respeitoso silêncio; mas o rei da direita respondeu em nome de todos:

“Na maneira de nos ofereceres a mão, e na tua saudação, Zaratustra, conhecemos quem és: Curvaste-te ante nós.

Mas quem, como tu, saberia curvar-se com tal orgulho? Isto ergue-nos a nós, reconfortando-nos.

Só para contemplar tal coisa subiríamos de bom grado a montanhas mais altas do que esta. Porque viemos ávidos do espetáculo: queríamos ver o que aclara olhos turvos.

E agora acabaram-se todos os nossos gritos de angústia. Já estão abertos e extasiados os nossos sentidos e os nosso corações. Um pouco mais, e o nosso ânimo brilhará desenfadado.

Zaratustra, na terra nada cresce mais satisfatório do que uma elevada e firme vontade. Uma elevada e firme vontade é a planta mais bela da terra. Semelhante árvore anima uma paisagem inteira.

Eu comparo a um pinheiro Zaratustra aquele que, como tu, cresce esbelto, silencioso, duro, solitário, feito da maneira mais flexível, soberbo, querendo enfim tocar o seu senhorio com verdes e vigorosos ramos, dirigindo enérgicas perguntas aos ventos, às tempestades, a quanto é familiar às alturas, e respondendo mais energicamente ainda imperativo e vitorioso. Ah! Quem não subiria às alturas para contemplar semelhantes plantas?

A vista da tua árvore, Zaratustra, anima o triste e abatido e também serena o inquieto e cura o seu coração.

E, certamente, para a tua montanha e para a tua árvore dirigem-se hoje muitos olhares; há muitos que aprenderam a perguntar: “Quem é Zaratustra?”

E todos aqueles em cujos ouvidos chegaste a destilar o teu mel e as tuas canções, todos os ocultos, todos os solitários disseram de repente ao seu coração:

“Ainda vive Zaratustra? Já não vale a pena viver; tudo é igual, tudo é vão, se não vivemos com Zaratustra!”

“Porque não chega o que se anunciou há tanto tempo? — assim pergunta um grande número — devora-lo-ia a soledade? Ou nós é que teremos que o ir buscar?”

Agora até a própria soledade abranda e se quebra, como túmulo que se abre e já não pode reter os seus mortos. Por toda parte se vêm ressuscitados.

Agora as ondas sobem cada vez mais em torno da tua montanha, Zaratustra. E apesar da elevação da tua altura, é mister que muitas subam até ti; a tua barca já não deve permanecer muito tempo abrigada.

E termos vindo à tua caverna, nós, os que desesperamos, e já não desesperamos, não é senão um sinal e um presságio de que vêm a caminho outros melhores do que nós.

Porque a caminho para ti se encontra também o último resto de Deus entre os homens; quer dizer, todos os homens de grande anelo, do grande tédio, da grande sociedade. Todos os que não querem viver sem poder aprender a esperar novamente; a aprender contigo, Zaratustra, a grande esperança!

Assim falou o rei da direita e pegou na mão de Zaratustra para lha beijar, mas Zaratustra substraiu-se à sua veneração e retrocedeu assombrado, silencioso e sumindo-se de repente, como muito ao longe. Passados instantes, todavia, voltou para o pé dos seus hóspedes, e olhando-os com olhos límpidos e prescrutadores, disse:

“Hóspedes meus, homens superiores, quero-vos falar em alemão e claramente; não era a vós que eu esperava nas montanhas”.

“Em alemão e claramente? Deus nos acuda! — disse então à parte o rei da esquerda. — Bem se vê que este sábio do Oriente não conhece estes bons alemães! Quererá dizer “em alemão e barbaramente”. Bom! Hoje ainda não é este o pior dos gostos!”

Zaratustra continuou:

“Pode ser que todos vós sejais superiores, mas para mim não sois bastante altos nem bastante fortes.

“Para mim” significa o implacável que reside em mim, mas que não residirá sempre. E se me pertenceis, não é, todavia como meu braço direito.

Que o que anda com pernas doentes e fracas, como vós, primeiro que tudo quer — conscientemente ou não — que o contemplem.

Eu, porém, não guardo contemplações com os meus braços e as minhas pernas, eu não guardo contemplações com os meus guerreiros.

Como poderíeis ser bons para a minha guerra?

Convosco perderia todas as vitórias, e há alguns de vós que cairiam só ao ouvir o rufar dos meus tambores.

Também para mim não sois bastante belos nem bem nascidos. Para as minhas doutrinas preciso espelhos límpidos e polidos; na vossa superfície desnaturar-se-ia a minha própria imagem.

Sobre os vossos ombros pesam muitas cargas, muitas recordações; nos vossos recônditos estão sentados muitos anões maldosos. Também em vós há populaça escondida.

E embora sejais elevados e de espécie superior, em vós encerram-se muitas coisas torcidas e disformes. Não há ferreiro no mundo capaz de vos reformar e endireitar.

Apenas sois pontes; passe sobre vós para o outro lado gente mais elevada! Representais degraus; não vos enfadeis, portanto, com aquele que suba por cima de vós até à sua altura.

Talvez da vossa semente nasça um dia para mim um verdadeiro filho, um herdeiro completo; mas esse ainda está afastado.

Vós, porém, não sois os seres a quem pertencem o meu nome e os meus bens deste mundo.

Não é a vós que espero nestas montanhas, não é convosco que tenho o direito de descer pela última vez.

Vós apenas sois sinais precursores, anúncios de que se encaminham para mim outros mais elevados; e não os homens do grande anelo, do grande tédio, da grande sociedade e aquilo a que chamastes “resto de Deus sobre a terra”.

Não, não! Mil vezes não! A outros espero nestas montanhas e sem eles não me arredo daqui; espero outros mais altos, mais fortes, mais vitoriosos, mais alegres, retangulares de corpo e alma. É preciso chegarem os leões risonhos!

Hóspedes meus, homens singulares, ainda não ouvistes falar dos meus filhos? Não ouvistes dizer que se encaminham para aqui?

Falai dos meus jardins, das minhas Ilhas Bem-aventuradas, da minha bela e nova espécie. Por que me não falais disso?

Da vossa estima imploro esta fineza: falai-me de meus filhos. Para isso sou rico, para isso me empobreci. Quanto dei!

E quanto daria para ter uma coisa: esses filhos, essas plantações vivas, essas árvores da vida da minha vontade e da minha mais alta esperança!”

Assim falava Zaratustra, mas interrompeu de súbito o discurso porque o assaltou o seu gramde desejo, e cerrou os olhos e a boca, tal era a agitação do seu peito.

E todos os hóspedes guardaram silêncio também e permaneceram imóveis e confusos, a não ser o velho feiticeiro, que acenava com as mãos e contraía o semblante.



http://pt.wikisource.org/wiki/Assim_falou_Zaratustra


http://pt.wikipedia.org/wiki/Assim_Falou_Zaratustra